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Enviada em: 20/09/2017

Índios; asiáticos; espanhóis; italianos; holandeses; africanos; portugueses. A população brasileira tem seu molde formado com base na miscigenação de distintos povos e culturas, criando-se assim a imagem de que o cidadão brasileiro é sempre receptivo com os que adentram o seu país. Porém, de acordo como Secretaria Especial de Direitos Humanos relatou, os casos de denúncias contra a xenofobia aumentaram significativamente nos últimos anos, deixando uma alerta para uma problemática tão importante a ser discutida nos dias atuais; a xenofobia ainda é uma grande causadora de discriminação no Brasil.  Em 2015, o ministério da justiça iniciou uma campanha de sensibilização e informação contra a xenofobia, preconceito e intolerância a imigrantes, utilizando o lema “Brasil, a imigração está no nosso sangue” visando combater, principalmente, os casos de discriminação que acercavam haitianos e africanos que foram forçados a saírem de seus países de origem e tentarem a sorte no Brasil. De acordo com o advogado e historiador Gilberto da Silva Pereira, a tolerância do brasileiro com estrangeiros é seletiva, já que, durante anos, a imigração europeia foi incentivada no país. “O Brasil sempre foi receptivo com europeus. Já os haitianos e os bolivianos são vistos como mão de obra mais barata”.   Além disso, a mídia, por vezes, colabora para a fixação do sentimento de avulsa a imigrantes. Não são raros os programas televisivos que tratam com preconceitos as variações regionais e sociais, este último – em geral – incorporado por meio de personagens estereotipados em filmes e novelas. Ademais, cabe ressaltar, que de acordo com uma pesquisa realizada na UFMG, os imigrantes geralmente ganham menos que um brasileiro exercendo as mesmas funções, o que comprova que essa população ainda sofre com diversos tipos de barreiras para continuar vivendo em terras brasileiras.  Faz-se evidente, portanto, a urgência de alteração desse cenário a fim de essa problemática. Primeiramente, cabe a mídia desvincular-se de estereótipos xenofóbicos, bem como contribuir com propagandas e programas educativos que sensibilizem e informem contra qualquer tipo de preconceito ou intolerância. Cabe ainda ao governo o efetivo cumprimento das leis, como consta no artigo 5º da Constituição Federal; “Todos são iguais perante a lei, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. É preciso também que a sociedade se mobilize, afinal como Paulo Autran diz “Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é válida. ”