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Enviada em: 20/09/2017

Brancos, negros e índios; pagode, samba e rock; católicos, protestantes e islâmicos; residentes, imigrantes e refugiados. O mosaico multicultural e racial apresenta o Brasil, mundo a fora, como uma nação cordial, acolhedora e de grande receptividade. No entanto, por trás da máscara, a realidade mostra o contrário: o estrangeiro, no país, tem sido alvo de intolerância, e casos de xenofobia tem aumentado devido, principalmente, à ineficiência das leis que tratam dos tais.       "Sai do meu país". "O nosso país tá sendo invadido por esses homens bombas, que matam crianças". Discursos intolerantes como estes atribuídos a um brasileiro carioca têm, infelizmente, sido recorrentes na sociedade brasileira. Segundo dados estatísticos da Revista Carta Capital, entre 2014 e 2015, o número ocorrências xenófobas recebidas pela Secretária Especial de Direitos Humanos passou de 45 registros para 333, do quais poucos foram levados adiante e processados, o que mostra a impunidade para quem comete esse tipo de crime. Além de fomentar o ódio, o racismo e a violência, a aversão ao estrangeiro resulta em dramas vividos, especialmente, por refugiados sírios, os quais são taxados de terroristas por serem, em sua maioria, muçulmanos.       É necessário, portanto que haja medidas para resolver o impasse. Sim, é de suma importância que haja palestras e campanhas nas escolas, redes sociais e em meios de comunicação de massa contra o preconceito. Porém muito mais importante que isso é que a lei seja colocada em prática, pois, se não houver respeito às instituições, não haverá ao próximo. Dessa maneira o Mistério da Justiça deve exigir do Ministério Público uma eficiência nas apurações dos fatos que envolvem crimes de xenofobia e dos Tribunais uma maior agilidade nos processos e respectivas condenações, caso haja provas concretas.