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Enviada em: 20/09/2017

Desde o século XIX o Brasil é uma terra que recebe um intenso fluxo de migrações de diversas partes do mundo e até mesmo de estados nacionais, o que contribuiu para a diversificação de raças e etnias nesse território. Contudo, desde esse período, os estrangeiros foram recebidos com violência e repúdio. Hoje, apesar de ser um país miscigenado e com leis que asseguram igualdade, tem sido palco de intensos atos de discriminação contra os imigrantes. Nesse contexto, percebe-se a importância de se debater e combater essa problemática tão comum na sociedade atual.            Convém enfatizar que os atos xenofóbicos são, em sua maioria, contra refugiados vindos de países carentes. Segundo IBGE, cerca de 43% dos imigrados são do Haiti ou de países do Oriente Médio. Estes são considerados adversários para as vagas de empregos, visto que vieram em busca de uma nova vida que lhes garanta sobrevivência. Ainda que os brasileiros sejam considerados cordiais para o mundo, os índices de denúncias têm aumentado consideravelmente. Todavia, os agressores não recebem as devidas punições e se torna constante esse tipo de violência nas ruas.          Além disso, é importante destacar as ocorrências de xenofobia dentro do próprio território brasileiro. Dados do IBGE, informaram que cerca de 10% das vítimas são nordestinos. Apesar de a nação ser heterogênea, a divisão dos estados por raças persiste. O Nordeste abriga grande parcela da população afrodescendente, um clima desfavorável e grande seca. Por consequência, os indivíduos emigram para os estados bem-sucedidos em busca de postos de trabalho e melhores condições de vida. Entretanto, os moradores dessas cidades os discriminam como uma raça inferior.             Fica evidente, portanto, a magnitude desse problema no cenário brasileiro. Diante disso, faz-se necessário que o Ministério Público, faça valer a lei que assegura a igualdade entre os indivíduos, sentenciando os agressores da devida maneira. Ademais, é fundamental que o Governo Federal desenvolva ações publicitárias para a conscientização social, informando os meios de denúncia e reforçando atitudes de valorização da diversidade étnica e cultural através de propagandas, debates em programas de televisão e trabalhos escolares. Dessa forma, o Brasil se tornará um país de todos.