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Enviada em: 21/09/2017

A diversidade está no sangue       Historicamente falando, o Brasil foi colonizado por diversos povos de etnias e culturas diferentes. Somando isso a imigração, é impossível negar que o sangue mestiço corre nas veias do brasileiro. Não raro refere-se ao maior país da América do Sul como: a nação da diversidade. E, apesar do termo ser uma palavra-chave para definir o território nacional, por mais irônico que pareça, a xenofobia tem dado as caras com frequência. Os portões foram abertos para os imigrantes, mas a população insiste em trancar as portas e as janelas.       Segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos, as denúncias de atentados por conta da etnia vem crescendo significativamente. Entretanto, as punições não acompanham o mesmo ritmo. Raramente alguma dessas denúncias trazem consequências para o agressor, o que aponta uma grave falha na execução da lei e permite que a discriminação continue a ocorrer a frente dos olhos sem nenhuma providência.       Além disso, um fator importante a ser considerado é de onde vem esse preconceito. Afinal, tão importante quanto punir é trabalhar com a base do problema, investindo em intervenções mitigatórias. Os estereótipos, da mesma forma que são construídos, podem ser desconstruídos a partir da informação. Como bem colocou o revolucionário Nelson Mandela, "Para odiar, é preciso aprender; e, se elas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".        Sendo assim, além das campanhas já realizadas, os Ministérios da Educação e Comunicação, podem promover palestras realizadas pelos próprios imigrantes em escolas e espaços públicos, para que a população veja a xenofobia a partir do outro lado, o de quem sofre com ela. Ademais, o poder judiciário precisa ser mais rígido e fiel a legislação, de forma que qualquer ato xenofóbico seja adequadamente repreendido. Por fim, a própria população pode apoiar a causa por meio do ativismo virtual e atos cotidianos, visto que, segundo Gandhi, é preciso ser a mudança desejada.