Enviada em: 01/10/2017

Menos hipocrisia e mais realidade              O nacionalismo é considerado uma das causas da xenofobia, embora tal aversão ocorra devido ao campo econômico, muitas vezes. No Brasil, esse sentimento era considerado infértil devido aos numerosos momentos de imigração em massa e como os brasileiros são considerados afetuosos com os estrangeiros. O grande desafio sobre essa irracional comoção se torna pauta num momento em que o mundo apresenta casos de violência extrema com indivíduos que procuram abrigo longe de suas terras, línguas e culturas para sobrevivência em solo brasileiro.             A distância de seus hábitos e costumes dá aos imigrantes recém-chegados um sentimento definido pelos brasileiros como saudade e ela, por vezes, é a única capaz de confortar esses indivíduos envolvidos por tanta incerteza. A garantia de segurança que representantes da diplomacia brasileira oferece nem sempre ocorre, até porque perder o emprego para aqueles que acabaram de chegar gera sentimentos nefastos. A necessidade de medidas mais austeras para os que agem contra a nação deve ser tomada.             O esclarecimento sobre a escolha dos indivíduos ao país tupiniquim deve ser permanente para a população, pois dessa forma reduzirá a necessidade de retaliação. Os brasileiros são gentis e cordiais com os imigrantes, mas esses em forma de turistas ou até mesmo de fuga de cérebro jamais em funções que um indivíduo nativo sem grandes habilidades possa executar. Tal repúdio é confirmado em muitos países que ganha forma de partido político de extrema direita e que a cada dia conquistam posições nos governos pelo mundo e, provavelmente, o Brasil não esteja fora dessa lista.             Para intervir sobre a atuação desse mal é necessário uma política pública de grande firmeza no que se refere à violência para com os recém-chegados evitando tais ações e garantindo-lhes momentos mais amenos. Outra medida são campanhas publicitárias financiadas pelo Estado confirmando que o povo brasileiro é demasiadamente miscigenado para influenciar no olhar dos que por ventura se sentirem superiores e promovendo empatia. Ademais, garantir que a população exilada possa ter seus cultos e hábitos respeitados desde que esses não respeitem a Constituição vigente. Assim, os que procuraram as terras que “dar-se-à nela tudo” de Pero Vaz de Caminha podem vir a ter um pouco de paz.