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Enviada em: 26/09/2017

Na década de 90, a Africa do Sul foi palco de um dos maiores episódios de xenofobia do mundo: o Apartheid. Naquele cenário, africanos eram separados e humilhados por holandeses, o que gerou terríveis conflitos naquele território. Essa história, porém, que deveria servir de exemplo para as nações, ainda se repete pelo mundo, principalmente no Brasil, onde isso acarreta em gravíssimas consequências para ambos os lados.     Em primeiro lugar, é necessário entender como esse processo ocorre no país. Devido sua extensão territorial, miscigenação e fama de cordial, o Brasil é destino de muitas pessoas que buscam melhores condições de vida. No entanto, essa receptividade é contradita ao analisar-se o grande número de imigrantes resgatados de serviços análogos à escravidão. Esse aspecto, também demonstra a expressividade da intolerância nesse Estado.     Preconceito esse que é responsável pela disseminação de ideias anacrônicas na sociedade. Ao declarar-se superior e impor condições de trabalho degradantes ao estrangeiro, o brasileiro propaga os mesmos ideais deterministas e equivocados dos europeus na África, o que contribui para as ocorrências de agressões contra os imigrantes e para o agrave violência urbana. Tal fato justifica o acréscimo de 633% das denúncias contra xenofobia de 2014 a 2015 no país.     Portanto, fica claro que a aversão estrangeira é significativa e perigosa no Brasil. Para mudar essa realidade, o Poder Legislativo e as Polícias Civil e Militar devem agravar a fiscalização e penalização para esses crimes, especialmente o de trabalho escravo. Ademais, a mídia, através de novelas e reportagens, pode ajudar conscientizando as pessoas sobre essa problemática, pois como dito pelo líder da resistência ao Apartheid, Nelson Mandela: assim como aprendem a odiar também podem ser ensinadas a amar.