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Enviada em: 01/10/2017

Paulo Freire, célebre educador brasileiro, em seu livro “pedagogia do oprimido”, é necessário buscar uma "cultura de paz", porém, o desprezo e discriminação para com certas nacionalidades, comunidades e culturas, ganhou forças e permaneceu presente na sociedade. Essa questão ocorre como no caso dos imigrantes que disputam o mesmo mercado de trabalho e buscam melhores condições de vida no Brasil, no entanto, sofrem constantes ataques de preconceitos pelos residentes de tal nação. Com isso, surge a problemática da intolerância perante certos grupos sociais que persiste profundamente ligado à realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança da mentalidade populacional.  É indubitável que a questão  constitucional e sua aplicação estejam entre as causa do problema. Segundo o filósofo Immanuel Kant, na teoria do Imperativo Categórico, os indivíduos deveriam ser tratados não como pessoas que possuem valor, mas como pessoas que têm dignidade. Dessa forma, é possível perceber que no Brasil os problemas de xenofobia rompem com esse equilíbrio, haja vista que, embora esteja previsto na Constituição que a discriminação perante diferentes culturas e etnias é dada como crime, há casos de tal intolerância presentes na sociedade que corrompe o Artigo de Direitos e Garantias Fundamentais.  Outrossim, destaca-se a discriminação como fomentador da xenofobia no Brasil. Quando Albert Einstein afirmou que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado, pareceu prever uma sociedade que comete diversas formas de antipatia ao que consideram diferentes do padrão cultural pertencente ao meio em que vivem. Dessa forma, a intolerância em questão corrobora o xenofobismo, agravando a problemática social do país.  Torna-se evidente, portanto, que a xenofobia no Brasil são consequências da ainda fraca eficácia das leis e da permanência do preconceito como uma questão social. A fim de amenizar o problema, o Governo Federal, através do poder legislativo, deve elaborar a criação de delegacias especializadas nessa forma de discriminação, aliado à mídia, para campanhas em emissoras de televisão abertas como forma de estimular às denuncias de tais crimes. Dessa forma, só assim se encontrará a paz cultural prosposta por Paulo Freire em relação ao xenofobismo no país.