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Enviada em: 26/09/2017

Para Rousseau, a sociedade acorrenta o bom estado de natureza do homem. Entretanto, assim deve ser, pois é esse limite entre liberdade e moral que garante a paz social. Há no Brasil, dada a pífia moral, uma certa folga para comportamentos xenófobos. Coibir esse tipo de iniciativa - eis a missão de um país democrático.  É pertinente considerar o papel da sociedade brasileira nesse quadro. Segundo Durkheim, a consciência coletiva é capaz de coagir os indivíduos a agirem de acordo com as regras de conduta prevalecentes. No Brasil, imperam valores etnocêntricos que rejeitam a aceitação de outras culturas e dos indivíduos que dela pertençam. Assim, a mudança dessa cultura é imprescindível, para que numa situação de sangria humanitária, nosso país não rejeite pedidos de ajuda e propague o preconceito.  Para mudar a coletividade social o organismo público deve agir contra a xenofobia. É impreterível, para qualquer nação que queira fazer parte da ONU o comprometimento com a declaração dos direitos humanos, os quais não discriminam os indivíduos etnicamente. Sabe-se que é possível, por meio da lei e da conscientização, implementar no meio social comportamentos saudáveis ao convívio entre os povos, por mais diferentes que possam parecer. Assim, o Brasil deve buscar se alinhar aos princípios assinados na declaração, seja pela educação e, quando não bastante, pela punição.  Dessarte, a xenofobia vem de uma rejeição social que deve ser combatida pelos órgãos públicos, com efeito implementar-se-ia uma cultura humanitária. Para isso, o Ministério da Educação poderia criar uma atividade que reúna pais e alunos para discutirem a xenofobia, expondo suas consequências, a fim de aprimorar a tolerância. Além disso, o poder judiciário deve aplicar penas de caráter exemplar, dada a gravidade do delito, para que aqueles que não respeitarem o limite da moralidade, então estabelecida, vejam-se acorrentados, inclusive, no sentido literal da palavra.