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Enviada em: 29/09/2017

Segundo o sociólogo evolucionista Edward Taylor, as culturas devem evoluir com o tempo até chegarem a um nível de civilidade. Em suma, esse pensamento preconceituoso e etnocêntrico está diretamente ligado a realidade brasileira. Por conseguinte, afeta diretamente imigrantes que sofrem com o avanço da xenofobia no país, fomentado pela insuficiência de leis e pela lenta mudança de mentalidade social.       É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Conforme Aristóteles, a poética deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a perseguição contra pessoas de culturas diferentes, rompe essa harmonia; haja vista que, embora seja Constitucional o direito a isonomia, no qual todos devem ser tratados igualmente, muitos cidadãos se utilizam de pensamentos preconceituosos para externar ofensas, discriminar e até violentar pessoas de cultura e países diferentes.       Além disso, o etnocentrismo enraizado de culturas europeias e absorvidos pela sociedade brasileira, destaca-se como principal impulsionador do problema. De acordo com Durkheim, fato social é a maneira coletiva de pensar e agir. Ao seguir a teoria do sociólogo, observa-se a preparação do pensamento etnocêntrico, - visão de mundo que permite a interpretação de que uma sociedade é superior a outra - uma vez que se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo por conta da influência do meio e vivência em grupo. Destarte, dá continuação ao pensamento de inferioridade cultural, transmitido geração a geração e funciona como base forte para a xenofobia, perpetuando a problemática no Brasil.       Infere-se, portanto, que a xenofobia deve ser combatida. Sendo assim, cabe ao Governo Federal a construção de delegacias especializadas em crimes xenofóbicos, para gerar na população e especialmente em pessoas que praticam tais atos a consciência que xenofobia é crime e passível de penas duras e justas, e por consequência reduzir os números de agressões contra imigrantes. Também, escolas devem realizar palestras para crianças e adolescentes estudantes da esfera pública e privada, ensinando-os sobre isonomia constitucional e falando sobre o relativismo cultural que afirma que cada cultura é única e não existe diferenciação de civilizações, afirmando que todas são iguais e singulares, para que dessa forma, o pensamento preconceituoso de Edward Taylor seja retirado do futuro da sociedade brasileira.