Enviada em: 03/10/2017

Em um país que desde a colonização recebia diferentes povos e hoje é formado por uma população de diversas origens, a xenofobia parece contraditório. Embora o Brasil tenha uma fama de receptivo, as crescente denuncias mostram o outro lado do país, um lado que não quer se visto pelos imigrantes. Com isso, torna-se necessário analisar como o Governo, a população e a mídia ajudam a propagar essa problemática. Primeiramente, a falta de tolerância e educação é um dos principais fatores para essa questão de xenofobia no Brasil. Em um país repleto de diferenças, o que mais se prolonga é a intolerância, onde um grupo se torna molde da sociedade e persegue os diferentes dele, que acabam por partir para agressões físicas e psicológicas. Como exemplo, o refugiado Sírio Mohamed Ali foi hostilizado e verbalmente agredido enquanto trabalhava em Copacabana, no Rio de Janeiro, por homem exaltado que grita repetidas vezes "sai do meu País!". Ainda mais, Segundo a filósofa Hellen Keller: "o resultado mais sublime da educação é a tolerância". Com isso, falta de educação torna-se um desses grandes fatores, pois quando a população não aprende e não tem contato com outros povos, o conhecimento sobre o mesmo acaba sendo apenas aquilo que é escutado e passado a elas. Ainda sobre, a falta de punição e fiscalização acaba também sendo um grande fator para esse problema. Entre 2014 e 2015, os casos aumentaram 633% pulando de 45 para 444 registros recebidos pelo dique 100, de acordo com a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Apesar disso, quase não há registros de de xenofóbicos punidos ou de denuncias que prosseguiram, e apesar de ser crime no Brasil, os casos de agressão de atitudes xenofóbicas aumentam de forma alarmante. Com isso, os povos que veem para esse país, na maioria refugiados, por fuga de guerras e a procura de uma melhor condição de vida, acaba encontrando mais essa dificuldade, que torna ainda mais complicado sua permanência. Sob esse viés, o Governo juntamente com o Ministério da justiça, necessitam com urgência de uma maior fiscalização das leis já existentes, por meio de ouvidorias que possam levar os casos de xenofobia adiante, assim oferecendo um maior suporte para os refugiados, por meio de um melhor atendimento e um maior foco nas punições dos xenofóbicos para com que os imigrantes possam se sentir mais seguros. Além disso, juntamente com os grandes setores midiáticos lançar campanhas de sensibilização e informação contra xenofobia, preconceito e intolerância a imigrantes, levando-os para contar suas histórias de vida, para mostrar que apesar das diferenças, são todos iguais. Somente assim, após um maior foco nesse assunto, pode diminuir tal problemática na sociedade brasileira.