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Enviada em: 09/10/2017

Em 1941, o escritor Stefan Zweig mudou-se para o Brasil devido à perseguição nazista, que foi a maior demonstração xenofóbica até os dias atuais, uma vez que o ódio aos judeus levou a morte milhares de pessoas. Mas, bem recebido, Zweig escreveu um livro cujo título é ainda repetido: “Brasil, país do futuro”. Entretanto, quando se observa os desafios da luta contra a xenofobia no Brasil, percebe-se que a ideia não saiu do papel. Nesse sentido, é preciso analisar as verdadeiras causas desse impasse. A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a questões políticas-estruturais. Já que, na questão jurídica, a xenofobia é considerada um crime, porém a impunidade levou a um aumento considerável dessa transgressão, pois de acordo com pesquisas da Carta Capital, houve um acréscimo de 288 casos notificados.Tornando, preocupante a situação, afinal segundo Barack Obama, a migração é importante em termos sociais e econômicos, pois diferentes experiências fazem um país avançar. Outrossim, vale ressaltar que essa situação é colaborada por fatores socioculturais. Logo, durante a formação do Estado brasileiro a intolerância cultural, derivada de ideologias como a superioridade de nações contribuiu para a aversão à estrangeiros. Afinal, segundo a BBC, 41% dos brasileiros acham que há um excesso de imigrantes no país que prejudicam a população. Dessa forma, é evidente que a aversão ainda enfrentada por imigrantes exigem atitudes imediatas. Logo, é necessário que o Governo investigue casos de xenofobia por meio de fiscalizações, juntamente com a abertura de canais de denúncia. Além disso, é preciso que o poder público busque ser imparcial sobre o que deve ser debatido na esfera política e disseminado.Ademais, as instituições de ensino e a mídia, podem fomentar o pensamento por intermédio de debates e campanhas que contribuirão para amenizar o impasse. Com isso, segundo o escritor Augusto Cury, “O sonho de igualdade cresce no terreno do respeito pelas diferenças.”