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Enviada em: 10/10/2017

Os romanos referiam-se a qualquer povo que não falava o latim e que não era católico de forma genérica, como bárbaros. Para combater essa mentalidade etnocentrista retrógrada, deve-se entender que ela ocasiona, no Brasil, a marginalização e opressão  das minorias históricas, como negros e índios, e é consequência do legado proveniente da era colonial.    A marginalização dos negros e pobres se deu principalmente nas grandes cidades, em um processo  chamado de favelização. Devido a  necessidade de morar perto dos seus empregos, e sem dinheiro para competir com as classes média e alta por  imóveis regularizados, foram renegados a construir habitações irregulares e em condições insalubres. Isso, aliado ao subsequente descaso das esferas governamentais em lidar com o problema, propiciou a formação de comunidades precárias, dominadas pelo crime, e na vinculação por parte da sociedade entre o crime e pessoas negras.    Com o avanço protestante na Europa, a Igreja Católica viu oportunidade nas colônias portuguesas de ganhar devotos, e expandir sua área de influência. Assim, os portugueses começaram à reprimir qualquer tipo de manifestação religiosa não católica, considerando-as pagãs, e a impor ferozmente o catolicismo à negros e índios. Esse legado cultural que se caracterizou pela imposição religiosa, ainda é predominante no Brasil, e isto é evidenciado pelos recentes ataques violentos à centros de Umbanda e Candomblé, parte primordial da cultura negra.      Portanto, é notório a opressão e o legado cultural que levam à gravidade da situação da xenofobia no Brasil. O Governo Federal deve atuar através dos Ministérios da Educação e da Cultura, de modo a promover palestras sobre xenofobia e a aumentar a carga horária e abrangência do ensino de Sociologia e História do Brasil nas escolas. Já o Ministério da Justiça deve-se aliar à Governos Estaduais para a criação de delegacias especializadas em crimes raciais e ao combate ao discurso de ódio, que se propaga especialmente nas redes sociais