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Enviada em: 11/10/2017

Entre os cinco maiores do mundo, o Brasil é conhecido pela simpatia e hospitalidade de seu povo. Contudo, a questão da xenofobia no Brasil ainda é muito real e persistente, contrariando a imagem solidária que o país carrega mundialmente. Isso advém da má interpretação sobre o outro e da falta de preparo político para reverter esse impasse.     Em primeira análise, é possivel refletir sobre o comportamento adotado pela sociedade quando se trata de outras culturas. Apesar da miscigenação, é percebida a intolerância, principalmente por meio dos esteriótipos, criados tanto sobre alguns imigrantes, quanto em cima de populações internas, o que é o caso do Nordeste brasileiro, diversas  vezes inferiorizado dentro do país. Isso é consequência da combinação entre o sentimento de superioridade e da impunidade dos agressores perante o Estado.    Tendo  isso em vista,  surge a preocupação com a falta de preparo político nessa questão. Mesmo com leis contra práticas racistas e xenófobas, é perceptível que a xenofobia não é tratada com a devida seriedade e que essas leis não se aplicam adequadamente, uma vez que, o número de punições contra esse crime é bastante distante do número de casos registrados por meio do disque Denúncia, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos.     Fica claro, portanto, a importância da colaboração social e principalmente do Estado na questão da xenofobia no Brasil. É viável a mobilização de órgãos responsáveis para a elaboração de campanhas mais abrangentes sobre o tema, esclarecendo por meio de estatísticas os problemas causados por essas práticas criminosas. Há também a necessidade de uma reforma jurídica, trazendo leis mais severas e garantindo a fiscalização eficiente destas. A xenofobia mata e combatê-la é uma questão de cidadania.