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Enviada em: 15/10/2017

A Xenofobia pode ser caracterizada como um tipo de preconceito no qual há a aversão, hostilidade, repúdio ou ódio aos estrangeiros e seus costumes. Nesse sentido, os imigrantes muitas vezes são apontados como fundadores de crises econômicas, do aumento da criminalidade e dos altos índices de desemprego pelos nativos do país. Desse modo, percebe-se que uma das principais razões para a difusão da xenofobia fundamenta-se na generalização errônea dos hábitos e costumes de um povo, além do medo de uma possível supressão cultural que possa acarretar em uma crise econômica.        É indubitável a criação de uma concepção preconceituosa que tem sido adotada por cada vez mais pessoas: a Islamofobia. Embora exista há décadas, foi a partir do 11 de setembro de 2001 – atentado terrorista do qual uma organização islâmica fundamentalista assumiu a autoria – que houve a acentuação dessa prática que consiste na repulsa a tudo que envolve a cultura muçulmana. Entretanto, é preciso compreender as graves consequências da generalização que acomete a população desses locais: ameaças, intimidações, agressões e o desrespeito às práticas identitárias desses cidadãos, como a cultura, a religião e os costumes. Além disso, embora exista uma lei que tipifique como crime essa prática, dificilmente há a punição dos envolvidos.      Nessa perspectiva, outro motivo usado pelos xenófobos para justificar o preconceito é a possível ameaça à cultura ocidental brasileira que os imigrantes supostamente apresentam. Entretanto, é preciso ressaltar a característica multicultural que o Brasil dispõe, sendo conhecido como um país que possui diferentes religiões e costumes, onde há espaço para que o cidadão mantenha suas práticas socioculturais livremente. Outrossim, é importante pontuar que essas pessoas contribuem ativamente para a economia do país, como faz Mohamed Ali, refugiado sírio que vendia salgados árabes em Copacabana e agora abriu seu próprio restaurante, participando ativamente para a criação de novos empregos e para a movimentação da economia.      Dessa forma, visando à diminuição da xenofobia, de modo a difundir o respeito e a prática da cidadania ao acabar com o preconceito motivado por características pré-estabelecidas, faz-se necessária a atuação do Estado, através do Poder Legislativo, na criação de leis mais rígidas em se tratando dessa prática, com o fito de diminuir a quantidade de casos e garantir que a lei seja aplicada aos agressores. Outrossim, cabe à mídia o lançamento de campanhas publicitárias televisivas que mostrem a realidade dos imigrantes e refugiados no país, objetivando sensibilizar à população e desconstruir a imagem negativa atribuída a esses estrangeiros.Por fim, cabe ao cidadão à prática da alteridade, de modo que reflita se gostaria de receber o tratamento dado a essas pessoas.