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Enviada em: 01/11/2017

Não há como atingir as pessoas com ações educativas que são apelos para a atenção e respeito aos direitos de todos – notadamente estrangeiros – que se encontram no país trabalhando legalmente e contribuindo para a economia. São trabalhadores em diversas áreas como construção civil, indústrias de confecções e gastronomia, principalmente.  Ocorre que o país vive crises cíclicas onde falta o emprego e isso agrava a questão da xenofobia. A crise atinge a todos os trabalhadores que reagem com ódio e preconceito contra trabalhadores estrangeiros que potencialmente lhes tiram o emprego. O que passa daí deve encontrar na ação firme das autoridades a devida resposta que exige a aplicação da lei para coibir o ódio e o preconceito, pois não são esses que vão resolver o problema da desigualdade.   Vive-se num sistema onde a xenofobia é só mais uma forma de exclusão, pois há outras contra a cor da pele, a procedência da região do país, a orientação sexual e tudo isso faz parte da falta de educação que no curto prazo – e se funcionasse de forma eficiente num ambiente de combate à desigualdade por meio de políticas públicas constantes – não trará as soluções desejadas.  Dessa forma não se pode tolerar mais ódio porque isso não trará solução para o problema. Trabalhadores estrangeiros devem ter direitos garantidos em lei como qualquer outro. As vítimas do ódio e do preconceito devem denunciar às delegacias especializadas nos estados e municípios onde o problema tem maior dimensão; os inquéritos policiais devem ser acelerados para que a justiça possa efetivamente punir aplicando penas que variem das educativas – prestação de serviços comunitários – até as de cunho pecuniário como multas. Talvez a perda financeira possa fazer agressores refletir antes de agredir.