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Enviada em: 23/10/2017

Europeus, africanos, povos nativos. A nação brasileira é formada por gente de todo o planeta. Pensar em xenofobia no Brasil soa ridículo, principalmente por sua formação e diversidade. Entretanto, casos, cada vez mais frequentes, de discriminação e violência a estrangeiros tem sido uma infeliz realidade brasileira. Isso decorre, sobretudo pelo preconceito e intolerância das pessoas, bem como da falta de conhecimento sobre sua própria origem.       Segundo Gandhi, "a tolerância é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças". Nesse sentindo, percebe-se o quanto é corriqueiro os casos de desrespeito à diferença, independentemente da época ou do lugar. No que diz respeito a xenofobia no Brasil, nota-se uma crescente nesse tipo de comportamento, que não apenas atinge estrangeiros mas também os próprios brasileiros de algumas regiões do pais, como é caso do Norte e Nordeste. Pessoas dessas regiões são frequentemente agredidas por xenófobos não somente no mundo virtual, bem como na realidade concreta, onde essa prática se manifesta desde agressões morais à violência física.       Ademais, como disse George Santayana, "aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo". Nesse contexto, observa-se que o Brasil, em sua formação inicial, fez distinção de povos como os negros africanos e os povos nativos, escravizando-os e os perseguindo. Todo esse processo de segregação social até hoje repercute de maneira considerável no país, sendo esses acontecimentos o berço de diversas problemáticas geradoras de desigualdade no Brasil. Outrossim, importa lembrar que a xenofobia foi responsável por uma das maiores vergonhas da humanidade: o Nazismo, que perseguiu e matou milhões de negros e judeus.       Constata-se, portanto, que a xenofobia é uma realidade presente no Brasil contemporâneo e que medidas precisam ser tomadas para combatê-la. Diante disso, faz-se necessário que o Governo Federal, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, em parceria com a mídia e escolas, realize campanhas de promoção à igualdade, conscientizando a população e estimulando o respeito à diferença. Por outro lado, o Ministério da Cultura deve realizar campanhas através dos mais diversos recursos midiáticos, que demonstrem o processo de formação do povo brasileiro, ressaltando a sua diversidade, de modo a ficar demonstrado que é justamente a pluralidade cultural que engrandece o Brasil.