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Enviada em: 28/10/2017

Sempre haverá esperança       De acordo com o poeta brasileiro Paulo Emílio de Azevedo, somos um país com leis, não com justiça. Essa afirmação pode ser estendida à boa parte dos países do mundo e nesse sentido, a xenofobia fere, além dos preceitos de liberdade e justiça, preceitos éticos e morais. Dessa forma, observa-se que as diversas formas de manifestações xenofóbicas refletem um cenário desafiador seja a partir do reflexo histórico e cultural, seja pelo descumprimento da lei.        Em primeiro plano, vale ressaltar que apesar de cada país possuir uma legislação própria, em virtude de diversos abusos e posicionamentos totalitários, foi necessário que alguns direitos fossem assegurados deforma internacional. Dentre eles podemos destacar o direito ao respeito e à liberdade de consciência e credo. A Declaração Universal dos Direitos Humanos assegura, que todos somos iguais perante a lei e, obviamente,a xenofobia seria uma afronta direta a todos os incisos relacionados.       Outro fator importante é que os indivíduos que saem de sua pátria para buscar a vida em outro local muitas das vezes sofrem conflitos pessoais internos, relacionados ao afastamento de suas famílias, costumes e crenças além da dificuldade de se adaptarem às novas realidades e, ao invés de acolhimento e receptividade,passam a ter que enfrentar também os preconceitos oriundos da xenofobia. Essas manifestações ocorrem deforma ampla no mundo, e fatores religiosos, culturais e até mesmos políticos dificultam a quebra desse ciclo de preconceito existente.        Assim, depreende-se que raízes históricas e culturais perpetuam a xenofobia e, visando diminuir ou até mesmo impedi-la, organismos de segurança nacionais e internacionais devem fiscalizar e punir casos de descumprimento dos direitos humanos. Além disso, todos os cidadãos devem receber informações sobre outros hábitos e culturas, desconstruindo certos estigmas, sendo a educação uma via importante para a luta contra este problema social. Fica evidente, portanto, que apenas sob tal perspectiva poder-se-á garantir justiça à todos, ultrapassando antigos paradigmas, pois de acordo com o filósofo Agostinho de Hipona: enquanto houver vontade de lutar, haverá esperança de vencer.