Materiais:
Enviada em: 22/03/2018

Corrigindo problema legislativos do antigo Estatuto do Estrangeiro, em 2017, entrou em vigor a nova lei de migração no Brasil. Enquanto aquele, criado durante a ditadura,  tratava o imigrante como ameaça, esta garante direitos fundamentais desses indivíduos, como saúde e educação. Entretanto, os imigrantes no país ainda enfrentam uma doença social, a xenofobia. Convém, então, a análise de dois  dos vários agravantes dessa patologia: a mistificação do estrangeiro e o crescente nacionalismo.       "Por medo de entrar num terreno desconhecido, preferia a mediocridade de uma vida conhecida."Nesse trecho de -Aprendendo a Viver- Clarisse Lispector critica uma angústia crônica do ser humano, o medo do desconhe-cido. Esse medo ativa um perigoso mecanismo de defesa, que faz nossos cérebros tentarem padronizar tudo que é novo ou diferente, então, geramos estereótipos. Exemplo disso, é oque acontece com árabes e muçulmanos, que nem mesmo são diferenciados e ainda são julgados como terroristas por muitas pessoas, visto que os primeiros contatos destas com eles foi por ações terroristas do Estado Islâmico, divulgadas mundialmente. É nítido, então, que essa mistificação do estrangeiro intensifica a xenofobia.          Outrossim, impulsionado pelas crises econômicas e ataques terroristas do século XXI, há a ascensão do sentimento nacionalista. Haja vista que, por anseio à segurança, física e econômica, a população contemporânea têm apoiado políticas protecionistas. Nos Estados Unidos, Trump foi eleito com a promessa xenofóbica do "muro anti-imigrantista", no Brasil, grupos defendem a volta da ditadura militar.        Destarte, para combater a xenofobia no Brasil, os estrangeiros e suas culturas devem ser desmistificados para os brasileiros. Para isso, os Ministérios da Educação e da Cultura, em conjunto a ONGS que acolhem imigrantes no país,devem promover eventos, em estruturas públicas, acerca de culturas internacionais. Ademais, a mídia popular deve dar suporte na divulgação desses eventos. Logo, a população compreenderá que, apesar das diferenças geográficas e sociais, estamos todos no mesmo grupo biológico, buscando paz e desenvolvimento.