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Enviada em: 27/02/2018

Segundo o G1, o Brasil tem sido o principal destino de imigrantes venezuelanos que vivem em um contexto de crise econômica no seu país. Nesse sentido, aliado ao crescente número de refugiados, está a xenofobia mostrando-se exponencial no cotidiano dos brasileiros, sendo alimentada pela falta de estrutura na recepção desses indivíduos, além dos discursos de ódio disseminados pela internet. Por isso, é necessário um olhar mais apurado sobre essa forma de preconceito, para descobrir as suas raízes.                De fato, existe o Estatuto do Adolescente, no que se refere ao estabelecimento de diretrizes direcionadas aos estrangeiros. No entanto, quando enxerga-se a diferença entre o que é de direito desses sujeitos e o que realmente acontece, revela-se o exíguo investimento em órgãos de proteção para esses indivíduos, juntamente a uma política de inserção social. À guisa de exemplos, tem-se a ausência de instituições que auxiliem no atendimento desses indivíduos, como também de ações pedagógicas nas escolas que visem acolher os refugiados e conscientizar a população a respeito da regulamentação, resultando em constantes ataques preconceituosos físicos e verbais aos imigrantes. Desse modo, a atuação governamental é imprescindível no intuito de garantir a inclusão e socialização dos  emigrados na sociedade brasileira.                  Outro ponto a ser elencado, é que as mídias são um importante meio de difusão de ideias e comunicação popular. Por conseguinte, a escassez de leis específicas voltadas para a internet tem afetado diretamente no bom convívio entre brasileiros e estrangeiros, mediante mensagens pejorativas e insultos contra os refugiados, que têm se tornado banais nas redes sociais, carregados de estereótipos e mitos acerca desses indivíduos, atos que evidenciam a escassez de controle do meio virtual que encontra-se saturado de notícias falsas que alienam e influenciam nas agressões verbais. Destarte, a criação de mecanismos de monitoramento para o campo cibernético são essenciais para evitar a fomentação de casos xenofóbicos.                     De acordo com Zygmunt Bauman, a possibilidade de um novo mundo está no homem. Dessa forma, o governo deve criar instituições e programas na internet que busquem receber delações  a respeito da xenofobia, além de normas rígidas com o objetivo de conter a propagação do preconceito. Outrossim, a escola, à luz do conhecimento, deve promover debates entre advogados e alunos, enfatizando a inclusão do emigrado no tecido social e quais são os estraves para que isso seja alçado no país, a fim de gerar criticidade entre os jovens, principais usuários das mídias.