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Enviada em: 22/04/2018

Na contemporaneidade do âmbito nacional, muito se discute acerca da descriminalização do aborto, que nada mais é do que uma questão social e política, que não deve ser julgada baseando-se em valores arcaicos e religiosos, mas deve ser legalizado e tratado como assunto de saúde pública.   Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 20 milhões de abortos clandestinos são realizados por ano no mundo, sendo que a cada 9 minutos, uma mulher morre, vítima da clandestinidade do ato; Por conseguinte, a interrupção da gestação continuará existindo, mesmo se nunca houver, de fato, sua aprovação legislativa.  Em sua maioria, as vítimas que vêm a óbito em função do aborto ilegal, são mulheres com poucos recursos financeiros, que recorrem a métodos extremos, com instrumentos que não são esterilizados corretamente. Todavia, quem tem uma condição socioeconômica elevada, sai ilesa, podendo gastar de 3 á 5 mil reais em clínicas ilegítimas; Tal fato reforça a ideia da legitimação ser vista como questão social e de saúde, diminuindo as mortes em decorrência de cirurgias mal-sucedidas, realizadas em ambientes precários.   Um Estudo feito pelo jornal diário Britânico "The Guardian", aponta que o feto não possui sistema nervoso até a vigésima quarta semana de gestação, portanto o procedimento seria indolor a este, contrariando a ideia de que o bebê sofre e possui consciência no momento da cirurgia.   A ineficácia dos métodos contraceptivos é comprovada por uma pesquisa realizada pela UnB (Universidade de Brasília), apontando que entre 70,8% e 90,5% das mulheres que praticaram aborto no Brasil, utilizavam um ou mais métodos contraceptivos, provando que estes possuem chances de falhar.   Em detrimento dos fatos acima mencionados, é imprescindível que o Senado em conjunto com os Deputados Federais implantem uma lei que permita a interrupção da gravidez até a vigésima quarta semana de gestação. Além disso, a pessoa que optar por fazer o aborto, possuirá acompanhamento médico e psicológico, concomitante a uma estratégia séria de planejamento familiar. Ademais,a educação sexual nas escolas deve ser priorizada a partir dos dez anos de idade, quando a criança está saindo do período da infância. Essa medida seria uma forma de garantir que as pessoas utilizem os métodos contraceptivos, sendo que o aborto seria feito em último caso, a fim de não banalizar a prática, porém garantir o direito de fazê-lo quando todos os outros métodos falharem.