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Enviada em: 03/05/2018

Durante a Grécia antiga, o papel fundamental das mulheres na sociedade era de serem educadas para servir, gerar descendentes para seus maridos, se possíveis homens, protegendo e cuidando deste modo da casa e dos filhos. Essas as mulheres eram consideradas as mais belas e privilegiadas seres da natureza quanto a concepção de filhos. Aquelas que por vez, não geravam filhos para seu marido, eram consideradas incapazes e por isso eram excluídas vigorosamente na sociedade, sendo punidas pelas leis morais daquele período.  Pode-se observar que esse sentimento de honra na geração de um filho e as normas morais não deixaram de ser um fenômeno ancestral, visto que ainda hoje é considerado privilégio e da natureza das mulheres o parir de um filho, sendo algo natural da mulher ser mãe. Além disso, essa honra não se restringia ao fato de dar à luz ao filho, mas também do sacrifício muitas vezes das mulheres que faleciam no ato de parir, isto é, era considerado um ato de virtude e uma consequência necessária. Atualmente no Brasil, cerca de 10 milhões de mulheres se submetem a métodos clandestinos de alto risco de morte para que se possa abortar, sendo que delas muitas são jovens. Observa-se que a prática do aborto não é resultado somente do não planejamento familiar ou do não uso de métodos contraceptivos visto que, muitas destas gravidezes indesejáveis advêm do estupro ou tem como causa a má-formação do encéfalo do feto. Nesses últimos casos, o projeto de lei de nº 4403, de 2004, assegura que as mulheres têm o direito de abortar a gravidez, sendo legalmente aparadas pelas políticas públicas que auxiliarão no processo de restruturação psicológica e física dessas mulheres.  Conclui-se que a legalização do aborto seria uma forma de amenizar esse processo de exclusão político e social da mulher com a redução dos índices de mortalidades das mesmas, sendo necessário a educação de gênero nas escolas e na família que por vez será acompanhada por profissionais capacitados para estruturação familiar.   Por que a legalização do aborto se tornou tabu