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Enviada em: 28/05/2018

Aborto: genocídio ou direito da mulher?    A polêmica por trás do aborto no Brasil é perfeitamente justificável pela alta polarização de pensamentos, visto que hoje só existem duas correntes que se enfrentam perante a esse tema: os que defendem a legalização e os que conservam a proibição. O mais curioso de tudo, é que ambas as vertentes usam o cientificismo para embasar os seus argumentos, o que coloca a prova toda a tradição científica de buscar o que é verdadeiro por meio de contestações sucessórias.    No Brasil, a lei permite a realização do aborto somente para casos que envolvem a violência sexual ou comprometem a vida da mãe, prezando pela sobrevivência materna, o que é constantemente rebatido e criticado por defensoras (em sua maioria mulheres) do movimento pró-aborto, alegando que a amblose deve ser legalizada em qualquer circunstância, bastando a vontade da mãe em rejeitar o desenvolvimento do feto e consequentemente a criação de um(a) filho(a), jogando o número polêmico e constantemente refutado de mortes de mulheres que foram atendidas em clínicas de aborto clandestinas, relativizando com o bordão clássico das simpatizantes dessa organização: " meu corpo, minhas regras!".    Contudo, os opositores do movimento pró-aborto, que se denominam como organização pró-vida, defendem o direito do nascimento do feto em qualquer ou na maioria das circunstâncias, alegando que o feto é um corpo e a mulher é outro, além de que uma única pessoa não tem o direito de traçar o destino da  vida de alguém simplesmente pelo desejo de não querer criar um(a) filho(a), afinal, existem inúmeros métodos contraceptivos afim de evitar a gravidez, tal como há várias políticas públicas que disponibilizam preservativos de graça em postos de saúde e propõem palestras acerca do "sexo seguro".    A ciência por sua vez, está inserida nas duas vertentes: para os afetivos ao aborto, a vida só começa depois da oitava semana após a fecundação - quando o feto começa a produzir ondas cerebrais semelhantes ao de um ser humano, ao passo que os defensores da vida, apontam que os batimentos cardíacos são o suficiente para constatar a concepção, o que acontece em torno da terceira à quinta semana de gestação, de acordo com as sondas vaginais.    Em síntese, o feto é obviamente humano, porém, não se pode decidir quando este vem a possuir os seus direitos através da ciência, já que existem inúmeras pesquisas defendendo ambos os lados, e logo, cabe as mulheres da sociedade colocar em pauta esse tema, que deverá ser decidido por meio de duas votações populares concedidas pelo congresso, em que a primeira decidirá se o homem terá o direito de votar sobre a questão do aborto geral, já que as duas correntes são defendidas em sua grande parte por mulheres, e a segunda votação, deverá então decidir sobre a legalização ou proibição do aborto no Brasil.