Materiais:
Enviada em: 22/06/2018

Têm sido frequentes, nos mais variados espaços sociais, as discussões acerca do aborto no Brasil. Dessa forma, o tema polariza opiniões havendo aqueles que defendem a legalização do mesmo e os que são contra (alegando defender a vida humana). Porém, deveria ser levado em conta o sofrimento da mãe e a dificuldade de criar um filho, principalmente nas periferias.       No Brasil, as mulheres que decidem abortar ou se submetem a procedimentos caseiro e insalubres ( fazer o aborto só ou com alguma ajuda em locais e com equipamentos não esterelizados) ou acatam o julgamento moral de médicos, família e amigos. Portanto, nesse contexto, quem mais sofre fisica e emocionalmente é a mãe.       Ademais, as mulheres que optam por terem seus filhos passarão por enormes dificuldades para cria-los. Isso se deve porque a ajuda do Estado e de organizações não governamentais muitas vezes não alcança essas pessoas. Além disso, os sistemas de saúde, educação e segurança são fracos e de difícil acesso. Nesse contexto, é a mãe e seu filho contra o mundo.       Por isso, legalizar o aborto e incentivar a educação sexual associada à ampliação de serviços de saúde para amparar esse grupo seria uma boa alternativa. Para tal, o Ministério da Educação deve incluir a educação sexual (estimulando o sexo consciente e seguro pelos estudantes) no ensino médio das escolas públicas. Assim, os alunos sairiam para a sociedade instruidos, iriam ter menos filhos e fariam um maior uso de preservativos. Além disso, o investimento em saúde e educação primária é essencial. Dessa forma, as mulheres (que abortassem) abortariam em locais apropriados e os filhos( das que não optassem pelo aborto) teriam base para uma vida digna.       O debate sobre a legalização do aborto no Brasil é intenso e presente. Considerar que a mãe é quem mais sofre e que deveria ser legalizado o aborto, associado à políticas na educação e saúde, é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária; que respeite os direitos e liberdades individuais e onde os jovens tenham condições de conquistar seus lugares no mundo.