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Enviada em: 27/06/2018

Dois pesos e duas medidas          Durante o século XX, diversas ideias tiveram impactos profundos na existência humana. O niilismo e o existencialismo, por exemplo, tiraram do homem a percepção de sua consciência e de seu valor como ser vivo. Consequentemente, resultou em guerras, regimes totalitários, eugenismo, racismo e nazismo. Desse modo, por meio da globalização, ainda há a ressonância de tais ideias e que são implantadas por meio da temática "aborto". Devido a sintonia do Brasil às ideias globais, há uma tendência de ser legalizado o aborto. Entretanto, tal objeto jurídico é incompatível com os valores políticos e religiosos do país.            Primeiramente, a religião exerce influência na mentalidade brasileira em relação ao aborto e a valorização da vida. Sabendo que cerca de 80 a 90% da população é cristã, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é possível utilizar a voz máxima da Igreja Católica, o Papa Francisco, que diz: "o aborto é igual às práticas nazistas de pureza de raça". Paralelamente, na Islândia, país protestante, foi praticamente erradicado a Síndrome de Down através do aborto; assim, não é possível desconsiderar as palavras do sumo pontífice.          Em segundo, devido à crise política, a maioria da população clama por menos Estado e isto significa menos intromissão do governo na vida particular. Com a legalização do aborto, é evidente que o Estado deveria aumentar o seu controle sobre a área da saúde e da vida privada. Consequentemente, também aumentaria o seu controle cultural - processo que ocorre desde os anos 1960 no Brasil com a Revolução Cultural proposta por Gramsci - ou seja, incentivaria o sexo livre e desprotegido. Assim, o uso de práticas anticoncepcionais comuns seriam drasticamente reduzidas e abandonadas pela população, aumentando o custo dos hospitais e dos impostos cobrados, o que seria contrário ao anseio popular.       Portanto, é possível entender a legalização do aborto como estratégia governamental para arrecadar mais impostos e instituir a sua jurisdição acima da moral da sociedade. Desse modo, é necessário manter a lei atual, que permite o aborto em certos casos específicos. Entretanto, é necessário que haja participação da comunidade na resolução de gravidezes indesejadas, ou seja, é necessário que a população, através da caridade privada, ajude mães a sustentarem seus filhos. Seja pela doação de alimentos, dinheiro, tempo e até mesmo a possibilidade de adoção por uma família diferente. Assim, é possível evitar que milhares de vidas humanas sejam mortas por uma política que possuí origens no nazismo e na eugenia.