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Enviada em: 26/06/2018

É de conhecimento geral que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado garantir o direito à vida e bem-estar do cidadão. No entanto, é notório que nem sempre o direito à vida prevalece, visto que o País sofre um caos na saúde pública, devido a extrema quantidade de abortos ilegais sendo realizados. Portanto, fica evidente que a problemática causa preocupação, seja por falhas no sistema de saúde, seja por negligencia do Governo ou até mesmo desconhecimento dessas mulheres.   Em primeira análise deve-se ressaltar que em países, como a Inglaterra, o aborto é realizado legalmente, além disso, contam com uma excelente política de prevenção à gravidez. Logo, é irrisório acreditar que possa-se comparar o Brasil à essa realidade e cogitar a legalização do aborto, pois o atual Sistema de Saúde Pública está defasado e sabe-se que mulheres esperam meses na fila para uma consulta ginecológica. Nesse viés a falta de políticas de prevenção geram uma banalização do aborto, afinal dados de 2016, da Pesquisa Nacional do Aborto, afirmam que até o final da idade reprodutiva 20% das mulheres terão abortado, fato que poderia ser evitado.   Vale pontuar ainda que a sexualidade é tratada como tabu em meio a sociedade, logo a família e a sociedade civil também estão intrinsecamente ligados ao repasse de informações sobre a prevenção da gravidez , pois já afirmava o sociólogo Talcott Parsons que a família é uma maquina que produz personalidades. Sendo assim, mulheres, principalmente com uma baixa condição social e nível de estudo, acabam recorrendo ao aborto ilegal.   Diante dos fatos supracitados, espera-se que o Estado aumente o orçamento destinado ao SUS, aliado à isso é preciso que o próprio SUS redirecione as verbas para o aumento da disponibilidade de ginecologistas e métodos contraceptivos. É necessário ainda que a união da Saúde, mídia e  e Governo seja feita no intuito de difundir em todos âmbitos sociais campanhas de conscientização sobre a prevenção.Ademais, espera-se que com uma excelente política de prevenção como da Inglaterra possa-se um dia cogitar a legalização do aborto.