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Enviada em: 27/06/2018

Apesar de seu destaque enquanto potência econômica no âmbito mundial, o Brasil ainda enfrenta problemas históricos quando o assunto é pautas sociais, entre elas a questão do aborto. É sabido que, atualmente o código penal considera o aborto um crime, salvo em caso de estrupo e riscos para a saúde da mulher. No entanto, grupos que defendem a prática, como meio para evitar uma gravidez indesejada, têm ganhado força, logo o estudo acerca das consequências dessa legalização se faz necessário.     Em primeira análise, se tem os custos para o interrompimento de uma gestação e seu possível impacto nos gastos com saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, no período de 2010 a 2016, 10 mil abortos foram realizados por meios legais na rede de saúde pública, no quais foram gastos cerca de 200 reais por procedimento, gasto que comparado a demais meios anticoncepcionais se torna caro, como também doloroso para a paciente que se submete a tal procedimento. Haja vista que, com a legalização do aborto esse número vai aumentar, tal meio acaba por se tornar inviável, pois, o número de procedimento aumentaria de forma que que o sistema de saúde não suportaria suprir a demanda por procedimentos e manter a qualidade no atendimento. Desse modo, o incentivo a prevenção como meio de evitar uma gravidez indesejada se torna um meio viável comparado ao aborto, pois além do preço de anticoncepcionais ser mais barato, o seu uso não acarretaria dores como a prática do aborto.    Outrossim, destaca-se os efeitos do interrompimento de uma gestação na saúde feminina. Segundo estudos, o aborto, pode levar à síndrome do pós aborto, que na mulher causa alterações psicológicas, tais como: sentimentos de culpa, angústia e ansiedade, essas que induzem a depressão, comportamentos auto-punitivos e transtornos alimentares, sendo necessário um acompanhamento psiquiátrico para uma melhoram na qualidade de vida e combate ao trauma. Ademais, se tem a questão da saúde física que fica debilitada em decorrência do aborto, considerando que, em alguns casos se tem a retenção de restos da placenta que pode levar à infecção uterina, como também uma possível esterilidade causada devido a danos no aparelho reprodutor da mulher. Nessa perspectiva, é valido a não legalização total do aborto, tendo em conta que, sua prática deliberada trás riscos a saúde feminina.    Com base nos argumentos supracitados, nota-se que o caminho para evitar uma gravidez indesejada não se da através do aborto e sim da prevenção. Desse modo, o Governo, junto ao Ministério da Saúde deve aumentar as campanhas de uso de anticoncepcionais por meio das mídias televisivas e sociais, para orientar as pessoas que não desejam uma gravidez a se prevenirem. Para mais, o Ministério da Educação, deve promover palestras para estudantes sobre os riscos do aborto e também os orientar sobre o uso de preservativos, para que os mesmos se previnam e evitem uma gestação indesejada.