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Enviada em: 05/03/2019

Compreendido como a interrupção, natural ou forçada, da gestação de um embrião, impedindo-o de sobreviver, o aborto é um procedimento presente nas diversas sociedades do globo, e quando forçado, é realizado por mulheres que não têm condições psíquicas e econômicas para criar um filho. Contudo, alguns países, bem como o Brasil, a aborção forçada divide as suas respectivas sociedades em dois extremos: aqueles favoráveis à  sua legalização e os que são contra essa ação (os pró-vidas). Assim, por ser um assunto que confronta, veemente, opiniões, prejudicando, dessa forma, a harmonia e a ordem sociais, cabe aos órgãos competentes buscarem alternativas que viabilizem um consenso entre os grupos.    Em 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), cerca de 503 mil brasileiras interromperam suas gravidezes. Este índice elevado reflete a falta da educação sexual, tanto para mulheres quanto para homens, nas instituições escolares e no meio familiar (no qual conversar sobre sexo, ainda, é um tabu) e demonstra, também, a omissão do governo diante das políticas de prevenção à gravidez. Deste modo, muitos indivíduos, leigos acerca dos métodos contraceptivos, engravidam, e, por não terem planejado tal momento em suas vidas, veem como saída mais prática o aborto.   Outro fator que auxilia nos números expressivos de interrupção gestacional forçada é o não acolhimento por parte das famílias, dos parceiros e dos próprios profissionais da saúde, que, muitas vezes, impacientes, não acompanham as mulheres grávidas e agem como juízes morais, apontando-as pela situação em que se encontram. Assim, se o amparo e a receptividade dessas grávidas fossem efetivos, estas ficariam com o psicológico menos abalado para terem seus filhos. Vale ressaltar que, de acordo com a integrante do movimento pró-vida, Ana Viel, com base em conhecimentos científicos, com dezoito dias de gestação é possível ouvir os batimentos cardíacos do feto, tornando-o, assim, um ser vivo efetivamente.     No Brasil, o abortamento é permitido em três situações: quando a mulher corre risco de vida ou se foi estuprada e em caso de anencefalia do feto. Em vista disso, cabe ao governo federal continuar com esses três princípios para a realização do aborto, e, também, veicular campanhas nos meios midiáticos, que mostrem os métodos contraceptivos existentes, permitindo assim, a médio prazo, uma diminuição no número de gravidezes indesejadas.  Quanto às instituições escolares compete ensinar os seus docentes em idade jovem, por meio de palestras acerca da prevenção à gravidez e sobre as consequências de se realizar a aborção, fazendo com que estes indivíduos se tornem conscientes sobre seus futuros atos.