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Enviada em: 23/07/2018

O documentário, Fim do Silêncio, trouxe pela primeira vez relatos de mulheres que falaram abertamente sobre o motivo e como praticaram o aborto. Sabe-se que, no Brasil, esse assunto é pouco discutido e ilegal. Logo, esse tabu traz danos para as grávidas que sentem a necessidade de abortar, sendo esses: morte materna, depressão e represália da população. Portanto, encontrar caminhos para a segurança dessas pejadas é essencial.    Em primeira análise, a proibição do aborto pode causar a morte de quem se submete a essa prática. Haja vista, as dificuldades na realização dele legalmente e o alto custo em clínicas clandestinas, as mulheres o realizam de forma errônea, ocasionando, na maioria dos casos, o seu óbito. Dessa forma, a ilegalização se torna perigosa, sendo analisada, também, na pesquisa realizada pelo jornal  Folha de S.Paulo, onde informa que o aborto mata 275 vezes mais em locais que o proíbem.    Em segunda análise, o preconceito da sociedade com pessoas que inibem a gravidez é notório. Esse infortúnio pode acarretar problemas psicológicos e sociais- depressão, exclusão da família e dificuldades para conseguir emprego. Ademais, essa discriminação é fruto do conservadorismo exacerbado e do tabu vigente. Desse modo, as puérperas são excluídas da sociedade e tratadas como seres inferiores.     Vistos os impasses  causados pela proibição, urge a necessidade de uma política abortiva. Dessarte, a legalização do aborto pelo governo federal seria fundamental para a diminuição da morte materna. E após esse procedimento, cabe as Secretarias de Saúde dos estados juntamente com os hospitais e ONG's  disponibilizarem psicólogos para a mulher e o núcleo familiar. Além disso, as redes de informação- redes sociais, emissoras de tv e rádio- devem transmitir informações que desmitifiquem a visão ruim do aborto, por meio de rodas de conversas e debates com pessoas que entendam do assunto. Por conseguinte, o óbito por abortos será reduzido e as mulheres passarão a se sentir seguras e protegidas.