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Enviada em: 07/07/2018

É de conhecimento geral que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado garantir o direito à vida e a saúde. Entretanto, tal inciso não é respeitado, tendo em vista que, de acordo com a BBC Brasil, a cada dois dias uma mulher morre vítima de aborto no Brasil.Diante disso, deve-se analisar como a baixa renda e a criminalização do aborto corroboram na problemática em questão no país.      É indubitável que,sendo legalizado ou não, o aborto ocorre no Brasil. Segundo a Pesquisa Nacional de aborto,apenas em 2015,417 mil mulheres interromperam sua gravidez. Não há dúvidas que, quando a mulher possui uma boa condição financeira recorre à clínicas onde o procedimento é realizado de forma segura. No entanto, não se pode dizer o mesmo de mulheres que possuem baixa renda, haja vista que, as mesmas realizam o aborto em clínicas ilegais, e de péssima qualidade ou apelam para métodos caseiros.Podendo resultar em problemas para engravidar novamente ou na pior das hipóteses,ao óbito.    Outrossim, numa sociedade patriarcal, como a brasileira, a mulher que não tem o apoio paterno, muita das vezes, vê no aborto uma saída. Sem o suporte do estado, também, a gestante precisa recorrer a clínicas que não oferecem qualquer apoio psicológico, podendo gerar um arrependimento no futuro. No Uruguai o aborto é permitido em qualquer circunstância até a 12ª semana de gestação. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, depois da legalização do aborto, o índice de desistência aumentou em 30%. Evidencia-se, portanto, o Uruguai é um exemplo a ser seguido pelo Brasil.     Em decorrência dos fatos mencionados, é perceptível que, no Brasil, a descriminalização do aborto  é um fator corroborativo para o aumento do índice de mortes de mulheres que praticam tal ato.Em razão disso, o Governo Federal em conjunto com o Ministério da Saúde, deve criar clínicas especializadas que ofereça suporte as mulheres de baixa renda que desejarem interromper a gravidez,a fim de impedir mais mortes em clínicas ilegais. Ademais ,é preciso que o Supremo Tribunal Federal promulgue a ação que descriminalize a interrupção da gravidez em qualquer circunstância. Dessa forma, o direito à vida e a saúde da mulher estará garantido conforme estabelecido pela Carta Magna brasileira.       Torna-se evidente,portanto,que, no Brasil, as mulheres pobres são as principais prejudicadas pelo Estado.Em razão disso, o Governo em parceria co Ademais Dessa forma, a questão do aborto no Brasil será melhorada e o direito da mulher e á saúde estará garantida  conforme estabelecido na Carta Magna brasileira.