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Enviada em: 12/07/2018

No Brasil, a questão acerca da legalização do aborto tem entrado em debate e gerado uma grande rivalidade entre os grupos que defendem se deve ou não legalizar integralmente a prática. Um desses grupos prefere impor argumentos insólidos para defender seu ponto de vista, como a escolaridade ou os dogmas da própria religião, no entanto, esquece de visar os dados estatísticos da atual situação no país envolvendo o assunto.       Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), quase um milhão de mulheres fizeram o aborto, de forma clandestina, no ano de 2015. A tal prática se torna um problema de saúde pública pois as clínicas que o fazem, ilegalmente, são, na maioria das vezes, precárias por não haver órgãos que as regulamentem. Por isso essa estatística não pode ser desconsiderada.       Em 2009, em uma publicação, o Ministério da Saúde deixou claro que mulheres ao qual, secretamente, fazem o aborto, o fazem independentemente de seus perfis, ou seja, exclui-se classe, escolaridade e religião. Com essa exclusão, não há por que de continuar aprovando a sua proibição.       Portanto, deve-se enxergar a descriminalização do aborto como um ponto positivo para a saúde das mulheres brasileiras, quebrando o tabu conservador que se prova hipócrita. E o Estado tem o dever de aprovar a descriminalização e, após isso, estabelecer medidas para aumentar, em número e qualidade, as clínicas de aborto licenciadas.