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Enviada em: 13/07/2018

No documentário "Clandestinas" é mostrado ao telespectador, relatos verídicos, no qual, mulheres que já abortaram em algum momento da sua vida, contam sua experiência com o procedimento, apoio familiar e psicológico pós aborto. É inegável que o aborto é um problema de saúde pública que precisa ser discutido e analisado, e ser prevenido com medidas de educação sexual efetivas.      É de conhecimento geral que no Brasil, o aborto é criminalizado, e somente em caso de violência sexual e gravidez de risco é permitido. No entanto, dados estatísticos ressaltam que a interrupção da gravidez de forma ilegal é algo tão recorrente na vida das mulheres brasileiras, que segundo a Pesquisa Nacional de Aborto, 20% das mulheres terão feito um aborto ilegal ao longo da vida, e em 2015, estima-se que 417 mil mulheres em áreas urbanas, teriam interrompido a gravidez em locais clandestinos, em situações insalubres e sem apoio psicológico.       Ao contrário do que muitos acreditam, o aborto legalizado não se tornaria banalizado, visto que para tal procedimento ser descriminalizado, seria elaborada toda uma equipe de apoio psicológico para a gestante, a fim de decidir se realiza-lo será de fato a última opção. Além disso, antes de falar sobre aborto, deve-se falar sobre educação sexual e planejamento familiar dentro do contexto social, quanto mais incentivos ao planejamento, menores serão as chances de recorrer ao aborto, que por ser um procedimento traumatizante, causa impactos psicológicos.       Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. O Ministério da Saúde, deveria criar uma campanha em parceria com a mídia televisiva direcionada ao incentivo do planejamento familiar e ao uso de métodos contraceptivos, exibida em todos os horários. O Congresso Nacional, deveria descriminalizar o aborto em todos os casos, sendo a gravidez um fenômeno exclusivamente feminino e sendo um direito da mulher decidir, o papel do Estado é oferecer apoio psicológico e garantir o procedimento boas condições.