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Enviada em: 17/07/2018

Muito se discute sobre a questão do aborto no Brasil.Afinal,o ato de interromper a gravidez ainda é visto como um tabu,e por isso,milhares de mulheres morrem devido ao aborto ilegal,enquanto outras decidem prosseguir com a gestação mesmo sem o seu consentimento.Nesse cenário,discussões amplas no Supremo Tribunal Federal e projetos educacionais devem ser propostos pelo governo para dar maior qualidade de vida e autonomia à mulher,a fim de reverter o atual impasse vivenciado.    É sabido,com base em uma pesquisa divulgada pelo jornal The Guardian,que 80% das britânicas entrevistadas relataram que não se arrependem de ter abortado em algum momento da vida.Dessa forma,é nítido que uma grande parcela da população feminina que realizou tal prática tem ciência dos prejuízos que a chegada de um filho,principalmente em momentos inoportunos,pode acarretar no âmbito acadêmico,doméstico e social,logo,optam por paralisar a gravidez.Contudo,em locais em que o aborto é considerado ilegal,como o Brasil ,a Argentina e diversos países africanos,as mulheres que escolhem abortar não recebem nenhum auxílio psicológico e hospitalar do governo local,por consequência,morrem ou têm sequelas graves devido a procedimentos realizados em clínicas clandestinas,e o uso indevido de remédios com efeitos colaterais relevantes.    Ademais,outros problemas vigentes são a falta de informação e a ausência de empatia das pessoas em relação ao aborto.Afinal,é disseminada a ideia errônea de que o feto é capaz de sentir dor e possui sistema nervoso formado nos estágios iniciais da vida fetal,além de valores morais,religiosos e culturais que englobam a prática de abortar.Dessa maneira,diversas mulheres sentem-se inibidas e constrangidas de procurar métodos que possam interromper a gravidez,visto que em muitos casos,a pressão psicológica começa no âmbito doméstico,isto é,o companheiro,a mãe e parentes próximos pressionam a mulher para seguir com a gestação,mesmo sem a sua vontade.    Portanto,para solucionar a questão do aborto no Brasil,torna-se necessário que o STF realize discussões com médicos,psicólogos e outros profissionais vinculados à área da saúde,para que seja colocado em pauta dados científicos que comprovem o fato de que até a 12° semana de vida,o feto não apresenta sistema nervoso formado;para que dessa forma,o aborto possa ser descriminalizado sem trazer resultados negativos para a mãe,o feto,e todos os envolvidos na interrupção da gravidez anterior aos 3 meses gestacionais.Por fim,cabe ao MEC,em parceria com escolas e faculdades,promover palestras que tenham como tema central países que legalizaram o aborto,e como essa ação acarreta na diminuição do número de mulheres que morrem devido a essa  prática,para causar uma reflexão em todos ali presentes e uma possível mudança de atitude.