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Enviada em: 25/07/2018

A questão do aborto no Brasil está relacionada a polêmica discussão acerca da legalização ou não desse ato em qualquer circunstância. Vale ressaltar que o aborto já é permitido caso a gestação seja de risco para a mulher. Apesar de grupos feministas e de apoio a autonomia feminina se posicionem a favor de tal legalização, especialistas e órgãos de saúde afirmam que isto trará outros problemas de saúde, além da banalização da prática.       O principal argumento daqueles que se mostram favoráveis a legalização geral do aborto está relacionado às condições socio-econômicas e estado civil das mulheres que interrompem a gravidez. Afirmam portanto que a maioria delas estão em situação de pobreza e não estão em união estável, o que inviabiliza a criação da criança, justificando a prática abortiva. Outro argumento diz respeito a liberdade e autonomia feminina sobre o próprio corpo.       Em contra ponto o Ministério da Saúde e a Universidade de Brasília fizeram pesquisas e traçaram o perfil de quem aborta; o resultado é divergente daquele defendido pela faceta favorável a legalização. Segundo o órgão de saúde brasileiro, cuja pesquisa foi feita durante vinte anos, "são predominante mulheres entre 20 e 29 anos, em união estável, com até 8 anos de estudo'', a UnB complementa afirmando que elas pertencem a todas as classes econômicas, incluindo as mais altas.       Além disso a experiente antropóloga Débora Diniz da Universidade de Brasília alerta "As mulheres devem saber que recorrer à prática é só em último caso e que elas devem continuar a usar preservativos", o que remete a importância dos preservativos não apenas para evitar a gravidez, como também a prevenção de DSTs. Assim a legalização do aborto não pode ser concretizada, para evitar a banalização do ato e outros problemas que derivam da prática sexual desprotegida.