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Enviada em: 27/07/2018

Assim como acontece na narrativa " A metamorfose" , do escritor Frank Kafta, a sociedade contemporânea acompanha estarrecida sobre a questão do aborto no Brasil. Tal conjuntura está relacionada com a ineficiência do Estado, aliada à falta de conscientização social. Diante disso, o debate acerca de medidas para atenuar essas situações estabelecidas é imprescindível.  Com efeito, é indiscutível a falta de atuação do poder Executivo e Judiciário em propor medidas para solucionar a questão do aborto no Brasil de forma segura e democrática.Como prova disso, dados obtidos em 2017 pela OMS- Organização Mundial da Saúde- revelaram que, todo ano, aproximadamente 22 milhões de abortos ocorrem em locais insalubres e clandestinos e , em consequência disso, 47 mil mulheres morrem em decorrência de complicações durante esse procedimento.Mediante essa realidade, o Estado se contrapõe ao que foi proposto , em 1988, pela Constituição Brasileira:proporcionar dignidade e saúde às mulheres.  Outrossim,a ineficiência governamental não é , contudo, o único problema, pois a falta de conscientização social é fator preponderante para agravar a situação do aborto no Brasil. Assim como afirmou Rousseau, "o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado".De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a mulher ainda se encontra acorrentada pela sociedade aos preconceitos e dogmas religiosos. Isso pode ser observado pela forte opressão e discriminação que os movimentos feministas,ao tentarem legalizar o aborto, sofrem da oposição conservadora e religiosa da sociedade.  Portanto, diante dos argumentos supracitados, é de suma importância que o Estado, aliado à Secretaria de Saúde,crie uma lei capaz de legitimar o aborto até 12ª semana da gestação,com o respaldo científico .Por fim, é crucial que a sociedade, aliada às organização educadoras,realizem campanhas midiáticas com o objetivos de conscientizar a sociedade sobre as consequências do aborto para a dignidade e saúde da mulher.