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Enviada em: 08/08/2018

Questão que não pode mais ser calada  Uma das questões mais debatidas do Brasil no século XXI é o aborto. Apesar da criminalização e da forte oposição, o número de mulheres que sujeitam seus corpos a métodos clandestinos para realizar o procedimento vêm crescendo muito no país, e é cada vez mais alarmante. Mais preocupante do que o número de abortos realizados, é a quantidade de morte das mulheres que fazem o procedimento todos os anos.  Atualmente, a legalização do aborto deixou de ser somente uma questão de moral e religiosidade, para se tornar um problema de saúde pública. Somente no Brasil são realizados 503 mil abortos por ano, segundo pesquisa da Universidade de Brasília. O risco que as mulheres correm fazendo o procedimento é muito grande, a cada dois dias uma mulher morre durante a tentativa de aborto em locais ilegais.  Apesar de ser considerado crime no Brasil, o aborto é uma realidade bem estabelecida. Segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, estima-se que uma em cada cinco mulheres aos 40 anos já abortou, pelo menos uma vez durante a vida. Dentro desse número, 81% das práticas fora realizada por católicas, protestantes ou evangélicas, mostrando que a religião não tem que ser um motivo de proibição.   Diante dos números citados, é possível ver que o aborto não pode mais ser tratado como crime, ignorando todas as mulheres que realizam o procedimento todos os dias. Caso seja legalizado, o Ministério da Educação deve inserir educação sexual no currículo escolar com aulas divertidas, explicativas e palestras. Além disso, é necessário acompanhamento e suporto psicológico da gestante durante todo o processo por parte do Sistema Único de Saúde.