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Enviada em: 08/08/2018

Segundo a Declaração Universal da ONU todos possuem direito à vida. No entanto, a questão do aborto no Brasil traz contradições à teoria apresentada no documento, divindo opiniões entre as pessoas. Com isso, constata-se que a proibição do aborto em qualquer situação segue firme, seja pela pressão das matrizes religiosas, seja pela ação das leis.     É indubitável que a igreja possuí influência na legalização do ato. Logo, as diretrizes cristãs, principal vertente religiosa do país, condenam o aborto e pressionam o governo federal à manter a proibição em razão de uma possível revolta em grande escala. Dessa forma, dados divulgados pelo Ministério da Saúde, ao afirmar que: "A maioria das mulheres que abortam são católicas", demonstram a hipocrisia dos religiosos.    Paralelo a isso, o direito à vida retira automaticamente o poder de abortar das mulheres. Assim, como pontuado por Descartes através da teoria do "cogito" que diz que só é possível perceber a existência se haver pensamento racional, a definição de vida da ONU se torna algo vago, legitimando o direito feminino de agir sobre o próprio corpo. Nessa linha de raciocínio, a existência de brechas nas leis demonstra a falta de consenso do parlamento público.    Fica claro, portanto, que o combate de tal proibição é substancial para que prevaleça o direito das mulheres de abortar ou não. Destarte, é imprescindível a ação do Ministério da Saúde na intensificação das campanhas favoráveis ao uso dos métodos anticoncepcionais, em busca de acabar com a gravidez indesejada e diminuir os índices de morte causados por procedimentos clandestinos. Ainda, é de responsabilidade do parlamento e do senado a tentativa de aprovar o aborto legal antes da formação completa dos orgãos vitais do feto, baseando-se na teoria de Descartes, a fim de legitimar o poder das mulheres sobre suas escolhas e sobre o seu direito de escolhar como lidar com o seu corpo.