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Enviada em: 23/08/2018

Podemos analisar, que em países sinônimos de desenvolvimento como Canadá e Noruega, o aborto é um direito das mulheres, assim dando a escolha de prosseguir ou não com a gravidez. Já no Brasil, o aborto ainda é crime, evidenciando um atraso em relação a países desenvolvidos. Um atraso que é fatal, pois provoca a morte de milhares de mulheres todos os anos.           É evidente, que mesmo o aborto sendo criminalizado, ele ainda é uma realidade. Isso é evidenciado pela pesquisa do Anis Instituto de Bioética, que conclui que 20% das mulheres terão feito ao menos um aborto ilegal ao final da vida reprodutiva. É necessário destacar, no entanto que grande parte desses procedimentos são feitas em clínicas clandestinas com condições insalubres, o que colabora para o grande número de mulheres mortas todos anos em decorrência do aborto irregular. Visto que grande parte delas são pobre e negras, logo sem condições para criar e educar seus filhos, buscam a solução nesse procedimento.          Indubitavelmente, que um dos grandes motivos para o aborto ainda ser um problema e a legalização, que traria segurança e estrutura para a gestante, evitando risco de vida. Entretanto, essa descriminalização ainda é utópica, em virtude de um legislativo comporto por maioria e homens conservadores e que usam de viés religioso para justificar sua opinião contrária ao aborto.          É inegável, portanto, que a não legalização do aborto matam milhares por ano, em decorrência dos 22 milhões de abortos feitos em lugares insalubres, segundo dados da OMS. Logo, se faz essencial que o Estado promova por meio de políticas públicas uma maior participação das mulheres no poder legislativo brasileiro, visando que elas garantam o direito a todas as mulheres de manter ou não a gravidez, visto que é um processo inteiramente feminino.