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Enviada em: 28/09/2018

No Brasil, o aborto é considerado crime, salvo as exceções em casos de estupro ou risco de vida da mãe, porém ele acontece frequentemente no país de forma clandestina. Isso ocorre, não só pela falta de informações sobre o aborto e até mesmo acesso a métodos contraceptivos, mas também devido ao impasse do Estado diante da legalização e gastos gerados ao Sistema Único de Saúde (SUS) com os possíveis procedimentos.      Em primeiro lugar, vale ressaltar que as mulheres de classes mais baixam são as mais atingidas, visto que muitas não têm acesso a informações como, métodos contraceptivos e assistência médica e consequentemente acabam tendo uma gravidez indesejada e acabam recorrendo a abortos caseiros, que podem causar complicações, como hemorragias graves e até mesmo o óbito materno. Convém lembrar ainda que a saúde mental da gestante também é afetada em uma gravidez indesejada, podendo acarretar uma depressão pós-parto e até mesmo a rejeição à criança.        Além disso, a legalização do aborto por meio de lei federal, não só garantiria um procedimento seguro e a redução de mortes maternas, mas também geraria a redução de gastos no sistema público de saúde, tendo em vista que segundo a o Ministério da Saúde, o SUS atende 100 vezes mais mulheres que tiveram complicações com o aborto clandestino do que às que pretendem fazer aborto legal. Sendo assim, o governo tem papel fundamental para que ocorra uma mudança no cenário atual.       É necessário, portanto, que o Estado legalize o aborto por meio de lei federal, para que haja a disponibilização do procedimento no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo assim a integridade física e psicológica da mulher. Ademais, o Ministério da Saúde em parceria com os hospitais, devem investir em projetos de assistência médica e psicológica com profissionais da área para amparo daquelas que optarem pelo método abortivo e o esclarecimento de dúvidas sobre os procedimentos.