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Enviada em: 04/09/2018

No Brasil, muito se tem discutido acerca da descriminalização do aborto. Tal situação é extremamente delicada e precisa ser avaliada com cuidado, visto que existem casos que comprometem várias mulheres e famílias no País. Diante disso, é preciso que o Governo Federal realize um transição gradual entre o que existe e o que existirá em relação ao aborto, descriminalizando-o.       Nesse tocante, com essa prática criminalizada, diversas mulheres recorrem a clinicas clandestinas. Desse modo, expõem-se a riscos que podem causar danos irreversíveis à mãe e até matar, pois os ambientes são, na maioria das vezes, mal preparados. Porém, com a legalização, isso seria realizado em locais autorizados e melhor preparados, reduzindo os riscos e os danos à figura materna. Além disso, existiria todo um apoio antes e depois do ato, orientando e cuidado das mulheres que optarem por essa difícil e, às vezes, necessária escolha.       Outrossim, observando o panorama atual, o aborto é realizado em três situações no País: estupro; risco de vida da mãe e anencefalia fetal. No entanto, existem outros casos nos quais o aborto deveria ser solicitado. Por exemplo, doenças genéticas, como a Síndrome de Edwars e a de Patau, limitam a vida do bebê para seis meses, no máximo. Essas doenças causam más formações graves que geram sofrimento não só para o recém nascido, mas também para a família, a qual, infelizmente, observa a morte agonizante da criança. Dessa forma, o aborto iria poupar alguns indivíduos desse tipo de situação.       Portanto, é necessário realizar uma descriminalização gradual e adequada do aborto no Brasil, prestando atenção a cada caso e sua real necessidade. Para tanto, é preciso que o Ministério da Saúde prepare a prática em todo o País, por meio da capacitação de profissionais que irão autorizar os casos diante das regras atuais e incluindo as doenças genéticas graves, a fim de evitar complicações dos abortos que acontecem em locais clandestinos.