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Enviada em: 05/09/2018

“Lutar pela legalização do aborto é lutar pela saúde da mulher”. A música “Ventre Livre de Fato” da rapper Luana Hansen demonstra a necessidade de se prezar pela saúde da feminina no que se refere à questão do aborto. Todavia, contrário a essa premissa, um problema que persiste na realidade brasileira é o tabu da sociedade em relação ao aborto. Diante disso, o Estado negligencia o direito da mulher sobre o próprio corpo, causando o aumento de discursos machistas contra as mulheres. Nesse sentido, reverter esse quadro é essencial para haver a quebra de tabu sobre tal faceta.    Em primeiro lugar, é importante destacar que, em discussões políticas, os homens são os que mais se posicionam contra a legalização do aborto. Nesse contexto, sabendo que a política é composta majoritariamente por homens, eles sempre vetarão projetos que permitam o direito das mulheres. Em verdade disso, houve o projeto na Câmera dos Deputados contra a descriminalização do aborto, onde 18 deputados se colocaram contra, enquanto apenas uma mulher foi a favor, o que demonstra que tal cenário é prejudicial para a figura feminina no Brasil e o Estado faz negligência disso.     Além disso, vale ressaltar que, discursos machistas sempre são vistos quanto ao aborto, onde os mesmos sempre culpam a falta de prevenção da mulher. Dentro desse cenário, frases como: “fechem as pernas e não engravidarão”, “use camisinha sua...” e etc. são usadas todos os dias nas redes sociais. Prova disso é o blog de Nana Soares, uma educadora e feminista que, é atacado por discurso do ódio por defender a legalização do aborto, deixando bem claro que os homens querem decidir pelas mulheres. Sob esse aspecto, é essencial que, grandes formadores de senso crítico, como a escola, deve instigar essa discussão.     Fica claro, portanto, que a questão do aborto dever ser discutida e votada entre as mulheres. Para isso, é dever do Estado, estabelecer, por meio de acordos entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que, determinados projetos envolvendo o direito das femininas, sejam votados apenas por mulheres, a fim de acabar com a decisão dos homens sobre elas na sociedade brasileira. Somado a isso, cabe ao Ministério da Educação, promover nas escolas, seminários com os alunos, disseminando a necessidade de respeito com a mulher tanto no meio real quanto virtual, além de discutir sobre o aborto e os seus impactos, para eliminar, assim, o possível desenvolvimento do machismo, discurso de ódio e o tabu contra o aborto no Brasil.