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Enviada em: 01/10/2018

Segundo o filósofo Jean Paul Sartre, "Somos integralmente responsáveis por nosso passado presente e futuro". Dessa forma, cabe ao homem descobrir os olhos aos problemas sociais vividos e encontrar maneiras de solucioná-los. Tomando essa provocação como ponto de partida para a discussão da questão do aborto no Brasil, é preciso entender porque a legalização do aborto não é a solução do problema, além de propor saídas para enfrentamento desse problema no país.        Em primeiro aspecto, é preciso pontuar que o aborto no Brasil é de fato uma questão de saúde pública. É notório, que o sistema único de saúde no país é precário em relação a atenção básica à saúde, além de não trabalhar de forma preventiva. Nesse contexto, fica claro que a questão do aborto deve ser resolvida no trabalho preventivo à gravidez, com  o fácil acesso aos métodos de prevenção, como o uso de contraceptivos, medicamentos e acompanhamento médico periódico. Dessa forma, é nítido que o sistema único de saúde (SUS), precisa de investimentos e mudanças que levem a uma melhoria da promoção da saúde da mulher, atentando-se para a prevenção da gravidez indesejada.         Outro ponto importante, é o apoio as mulheres grávidas que alegam não ter condições de gerar e criar a criança. Nesse ponto, é preciso que as equipes multiprofissionais do SUS estejam preparadas para acolher psicologicamente essas mulheres, oferecendo todas as soluções possíveis para evitar o aborto como, a garantia de todo o acompanhamento médico no pré natal, exames, medicamentos e por fim, se realmente a maternidade for rejeitada, estabelecer um acordo de encaminhamento da criança para a adoção após o nascimento. Contudo, para que isso aconteça, é preciso de investimentos no SUS para melhorar as equipes multiprofissionais e garantir que todos os estados e municípios adotem essa política de prevenção ao aborto.        Por fim, é imprescindível encontrar saídas para resolver a questão do aborto no Brasil, visto que, o não enfrentamento desse problema gera gastos ainda maiores para o SUS no país. Uma proposta seria a criação de uma campanha pelo Ministério da Saúde para a implantação gratuita de dispositivo intrauterino (DIU), que é um método permanente, porém não irreversível de contracepção, sento um método seguro, eficaz contra a gravidez e que muitas mulheres desejam, porém, por ser oneroso, é pouco disponibilizado pelo SUS. Outra proposta é a melhoria de um modo geral do sistema único de saúde, o Governo juntamente com o Ministério da Saúde precisam investir na contratação de profissionais para compor as equipes multiprofissionais, investir na construção de postos de saúde em locais carentes, para que a saúde seja trabalhada de forma preventiva no país, e o acesso seja para todos, uma vez que, a saúde é direito constitucional de todos no Brasil.