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Enviada em: 02/10/2018

A saúde pública no Brasil tem deixado a desejar em muitos aspectos. Dito isso, dentre as pessoas que não têm condições de usufruir de um convênio médico, as que mais sofrem com a precariedade do Sistema Único de Saúde são, certamente, as mulheres pobres. estas que além de sofrerem com a criminalização do aborto ficam a mercê de clínicas clandestinas sem infraestrutura alguma.       O crime envolvendo o aborto não é o do ato em si, mas sim o do preconceito com a mulher de baixa renda que por motivos como desamparo social, instabilidade financeira e incompatibilidade com o momento da vida não quer a criança. Visto que as mulheres da classe A não têm problemas em abortar, já que elas vão aos melhores profissionais da area e utilizam os métodos menos invasivos. Em contra partida, para as mulheres pobres e menos escolarizadas sobram apenas as opções da não feitura ou da mutilação sem certeza de sobrevivência.       Além disso, o tema em questão engloba um problema muito mais amplo e recorrente na sociedade brasileira: o estupro. As mulheres que engravidam em decorrência de um estupro tem o direito de abortar dificultado pelos exames invasivos e burocracia. Elas sofrem a pressão social de dar a luz a uma criança que elas não queriam ter, esta que no melhor dos casos terá um pai encarcerado e no pior, um foragido.       Deve-se salientar ainda que o aborto não deixará de ser um problema da população brasileira até que medidas sejam tomadas. Estas devem ser postas em prática pelo Ministério da Justiça juntamente com o Ministério da Saúde. A descriminalização do aborto assim como a aplicação de práticas saudáveis para todas pelo SUS seriam essas medidas. Isso deve ser feito primeiro colocando o tema em pauta na Câmara dos Senadores com a finalidade de por fim às mortes desnecessárias de mulheres inocentes.