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Enviada em: 06/10/2018

Aborto: legalizar ou não?               O aborto, no Brasil, não é discutido apenas nos dias atuais, mas sim desde a vinda dos portugueses para cá. Em 1830, de acordo com os propósitos religiosos de Portugal, foi criado o código penal do Império, o qual proibia o aborto e o reconhecia como crime. Mais de cem anos depois, quando já havia ocorrido a mudança para República, em 1942, o código penal continuou a considerar da mesma forma.        Contudo, com as mudanças feitas, no nosso país é permitido abortar apenas em casos de estupro, feto anencefálico e quando a gestante corre risco de vida. Muitas igrejas, como a Católica e a Evangélica, são pró-vida e totalmente contra o aborto, porém a religiosidade acaba, muitas vezes, não interferindo na decisão das mulheres. De acordo com a Pesquisa Nacional do Aborto (PNA), uma a cada cinco mulheres terá abortado até os 40 anos e, ainda em relação a essas pesquisas, é observado o fato de que no ano de 2015, 503 mil mulheres interromperam a gestação.        Infelizmente, mesmo o aborto sendo considerado crime, os números de sua ocorrência são muitos e com grandes taxas de morte. Pelo fato de muitas mulheres irem em clínicas clandestinas ou realizarem o ato por conta própria, cerca de 47 mil delas morrem, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Com isso, a questão de legalizar o aborto é discutida oficialmente desde 1991, onde foi criado o Projeto de Lei 1135, que tinha esse objetivo, o qual foi negado. Atualmente, pelos direitos femininos, muitas feministas se manifestam afirmando que com a legalização do aborto reduziriam-se as taxas de morte e os traumas.              Portanto, para solucionar o problema, o Ministério da Saúde, em conjunto com o governo do país, deveriam tornar o aborto legal, mas com um programa psicológico, onde antes de abortar, as mulheres passem por um longo questionamento sobre o porquê querem realizar, seguido de um aconselhamento, que pode fazer com que muitas delas mudem de ideia, assim diminuindo tanto os números de mortes, quanto as ocorrências do interrompimento da gravidez.