Materiais:
Enviada em: 06/03/2018

É indubitável que a prática abortiva é frequente ponto de debates, preocupações, intolerâncias e aspectos inferiorizantes no Brasil. Desde a época da Escravidão, durante o Brasil Colônia, quando as escravas eram abusadas sexualmente pelos seus senhores e, por conseguinte, devido a uma gravidez indesejada e ao fato de que a criança teria que conviver em uma sociedade escravocrata, essas praticavam o aborto com plantas medicinais. Hodiernamente, o impasse persiste, visto que ervas abortivas ainda são utilizadas para esse procedimento. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas  escravagistas brasileiras dificultam a resolução da questão.   Considerando-se a vasta miscigenação de raças e etnias, a insipiência e a herança histórica escravista e localidades originárias na constituição do povo brasileiro, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa pluralidade e reivindicações no que se refere ao , uma vez que essa problemática é um ato inclemente e pode causar diversos problemas de saúde em quem o executa como complicações físicas e psicológicas. Além disso, é importante ressaltar que no âmbito tupiniquim o abortamento é considerado crime, entretanto, há diversas clínicas clandestinas que realiza esse método, porém, na maioria das vezes em ambientes sujos e sem equipamentos adequados causando consequentemente traumas e ferimentos nas pacientes, nas quais, geralmente, se submetem a esse processo por causa de uma violação sexual.    A Biologia nos mostra com Charles Darwin que nem sempre é o mais forte quem sobrevive, mas aquele que melhor se adapta a novas situações. Nesse âmbito, é possível afirmar que o aborto é uma questão de adaptação, já que é uma atitude pessoal das mulheres e que precisa ser compreendida em casos de estupro, todavia, acredita-se que fora a circurstâncias de abuso o ato deve continuar sendo tratado como crime, já que impede uma vida de se desenvolver.   Convém, desse modo, ao Conselho de Medicina permitir a prática abortiva, realizada por médicos ginecologistas e obstetras, em mulheres nos hospitais públicos e privados em casos de violação sexual para que, assim, essas não se sujeitem a esse procedimento em clínicas ilegais e com ambientes precários  arriscando, dessa maneira, a saúde física e mental, provavelmente, dessarte, um dos principais motivos do abortamento, isto é, o estupro será resolvido e de modo conveniente e respeitável. Ademais, o Ministério da Saúde deve promover, com uma parcela dos impostos públicos fornecido pelo Governo, assistência às mulheres que sofreram um processo abortivo com psicólogos e fisioterapeutas, para aquelas que contraíram algum dano físico, em suas residências e também em casas de saúde para que, assim, um dos principais legados da escravidão seja resolvido.