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Enviada em: 03/11/2017

É indubitável que o aborto é uma questão ambilátera que muito se discute no Brasil. Nesse sentido,  o planejamento familiar ainda apresenta muitas falhas passíveis de correção, principalmente, entre a população de baixa renda. Ademais,a legalização do aborto configura-se como os principais desafios dessa problemática.   A Constituição Federal vigente assegura um conjunto de ações que auxiliam na prevenção da gravidez não planejada, por meio da distribuição de camisinhas gratuitas e da venda de anticoncepcionais a preços reduzidos. Entretanto, embora existam esses atos, de acordo com Instituto de Pesquisa Brasileiro de Geografia e Esteatítica, o número dessas concepções ainda é muito alto no território nacional, ultrapassando os 45% e, atingindo, sobretudo, os jovens de menor classe social e de baixa escolaridade. Nesse contexto, é notório a relação entre essa realidade e a falta de conhecimento dessa parte da população, haja vista que tais indivíduos não são, verdadeiramente, induzidos a usar métodos contraceptivos.   Outrossim, O abortamento clandestino constitui a quinta causa da morte materna na nação canarinha, situação que configura um problema de saúde pública de significativo impacto, segundo o Ministério da Saúde. Sob essa ótica, Ainda que a legalização do aborto seja uma reivindicação histórica do movimento feminista, o tema encontra forte oposição do crescente setor conservador e religioso da sociedade, de grande influência no Poder Legislativo. Além disso,  não é considerado crime o aborto no Brasil quando há risco de morte à mulher causado pela gravidez, se a gravidez for oriunda de um estupro e se o feto for anencefálico. Desse modo, O documentário "Clandestinas" conta a história de mulheres que já realizaram aborto por diferentes motivos e relata como o aborto, é uma realidade no país, mesmo sendo considerado crime.   Mediante os fatos expostos, medidas são necessárias para a resolver  o impasse. Para tanto, é possível aproveitar as atuais discussões acerca da Reforma do Ensino Médio para criar matérias de educação sexual, sobretudo, em escolas públicas, por meio do Ministério da Educação, a fim de estimular o uso de contraceptivos e que sensibilizem os jovens sobre as reais consequências de uma gravidez precoce. É essencial também a alteração na legislação, por meio do Congresso Nacional,  que legalize o aborto com o objetivo de ajudar o controle da natalidade e, primordialmente, poupar a vida de diversas mulheres.