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Enviada em: 03/11/2017

Há muito tempo a questão do aborto no Brasil divide opiniões, uma vez que envolve questões éticas,cientificas e religiosas. Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), por ano, são realizados 22 milhões de abortos clandestinos no mundo, sendo 98% em países emergentes.Esses procedimentos são de grandes riscos para a saúde da mulher, dado que é um procedimento invasivo e, geralmente, os locais são inadequados e inóspitos. Portanto, é preciso regulamentar tal ato para que as mulheres tenham o poder de escolha sobre seus corpos, sem que para isso tenham que recorrer a ilegalidades.       São várias as razões pelas quais o indivíduo opta por abortar a gravidez e é preciso ressaltar que não cabe a sociedade julgar a mulher por tal ato. Muitas vezes, a gravidez não planejada ocorre por falhas dos métodos contraceptivos, estupros ,em famílias que não têm condições financeiras para manter uma criança ou com adolescentes sem estruturas ou renda para ter um filho. Um exemplo disso, é no filme estadunidense Juno, em que a protagonista de 15 anos fica grávida e pensa em recorrer a clinicas especializadas para realizar o aborto, contudo, acaba optando em dar a criança para a adoção. À vista disso, nota-se que é importante que a mulher tenha opções para que não tenha um filho e o crie sem expectativas, educação e amor.       Dessarte, cabe a mulher avaliar a situação em que se encontra e qual a melhor opção. Assim, é relevante citar algumas das consequências da não regulamentação do aborto no Brasil. Uma delas é o fato de haver mulheres que têm os filhos "por obrigação". Dessa forma, os criam sem dar o carinho e assistência devida e esses têm mais chances de se tornarem marginais, órfãos ou viver nas ruas. Ademais, como Drauzio Varella disse:"Proibir o aborto é punir quem não tem dinheiro", essa citação se deve ao fato de os mais abastados terem condições de procurar formas mais seguras, enquanto mulheres mais pobres ficam, praticamente, sem escolhas ou se arriscando em clínicas do crime organizado.        Em suma, depreende-se que o aborto deve ser legalizado no Brasil. Para isso, o Poder Legislativo deve elaborar leis em que apoiem a livre escolha feminina nesses casos. Após isso, o Governo Federal deve direcionar mais verbas ao Ministério da Saúde, assim, estes poderão investir na criação de clínicas e contratação de médicos e psicólogos para auxiliar na escolha da gestante. Essa medida tem como objetivo proteger a saúde e integridade da mulher que optar pelo procedimento. Nesses locais profissionais devem orientá-las na prevenção de futuras gravidezes e realizarem o planejamento familiar. Desse modo, menos mulheres morrerão em abortos e terão a opção de terem o filho no momento certo, e este terá uma família estável que o receberá da forma mais harmônica possível.