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Enviada em: 03/11/2017

Na obra "Mater Dolorosa" de Castro Alves, uma escrava mata seu filho para livrá-lo da realidade vivida pelos negros. Atualmente, as causas do aborto giram em torno da incapacidade socioeconômica de sustentar um filho e de não querer abrir não de um futuro planejado.   É indubitável que as crises financeiras e a instabilidade econômica do país atuem na decisão de abortar ou não. Na crise de 1929 nos Estados Unidos, famílias inteiras cometeram suicídio e muitas mulheres abortaram. Em vista disso, o mercado de trabalho cada vez mais acirrado e a necessidade de se especializar para conseguir estabilidade financeira, impulsionam a prática abortiva, seja na área urbana ou rural que, ao todo, perfazem um número de 920 mil procedimentos em 2015, segundo a Pesquisa Nacional de Aborto.    Além disso, a quebra da utopia de uma vida planejada é uma das causas do aborto. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, a sociedade vive uma realidade individualista. Desse modo, a mulher pensa somente em sua vida e trata a vida do filho como um obstáculo para o seu futuro. Ademais, muitos parceiros tem essa mesma visão e abandonam a mulher gestante, incentivando ainda mais a ocorrência desse ato.    Destarte, é necessário que essas mulheres tenham amparo necessário e o número de casos de aborto diminua. Assim, o Ministério da Saúde, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), deve oferecer à gestante suporte psicológico e psiquiátrico para que ela leve a gravidez a diante e comece a valorizar a vida do filho, não somente a sua. Concomitantemente, o Governo Federal deve criar campanhas, através da mídia, conscientizando as mulheres dos seus direitos e suportes dados pelo governo, como o programa Bolsa Família e o acesso ao atendimento da Assistência Social nas cidades, a fim de que elas não se sintam desamparadas e escolham continuar a gestação. Dessa forma, espera-se que a vida prevaleça.