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Enviada em: 22/05/2019

O filme 'Spartacus', mostra os costumes nos tempos de outrora, onde, mulheres engravidavam sem saber sobre a real paternidade de seus filhos e, eventualmente, tendiam a prática do aborto. Apesar de ser uma obra fictícia, a trama reflete bem a realidade brasileira, tal qual, segundo a edição da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), realizada em 2016 pelo Anis Instituto de Bioética e pela Universidade de Brasília (UnB), aponta que 20% das mulheres terão feito ao menos um aborto ilegal ao final da vida reprodutiva. Revelando, assim, um número alarmante e que o problema vai além das telas de cinema.        No Brasil, desde a época colonial, escravas eram estupradas pelos senhores de engenho. Apesar da diminuição significativa desses casos brutais, hoje em dia, esses estupros ainda fazem parte do grande percentual de ocorrências nas clínicas legais de abortos, os quais ainda sim, representam uma pequena demanda em comparação aos 22 milhões casos de abortos ilegais, registrados anualmente segundo a OMS (organização mundial de saúde).       É inquestionável que tal realidade cause sérios danos as gestantes, uma vez que essa prática, exercida de forma insalubre, oferece grandes riscos a vida da paciente. Além disso, outros empecilhos, como a falta de estrutura das entidades, os quais resistem com a insuficiência de leitos e a falta de , também são obstáculos apresentados pelas pessoas que recorrem a essa prática. Destarte, fica claro o papel inverso que o sistema de saúde está atuando.       Sendo assim, o Governo Federal, atado ao Ministério da Saúde, deve destinar mais verbas para a reestruturação dos leitos e ampliação do atendimento, para este fim, nos postos de saúde, bem como  um maior investimento em mídia para que o conhecimento sobre a temática possa ser difundida em todas as classes sociais. Para mais, os mesmos órgãos devem promover eventos, patrocinados por empresas da saúde, aberto ao público, incentivando a procura por postos de saúde legalizados e visando a prevenção de futuras enfermidades. Dessa forma, com a ajuda da população e ações governamentais, será possível reescrever um novo futuro, diferente da história apresentada na série 'Spartacus'.