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Enviada em: 20/11/2017

Aprisionamento feminino        Desde o início deste ano, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181/15, tem sido debatida na Câmara. Trata-se da possibilidade de proibir todas as formas de aborto no país. Essa atitute, aumentará o número de  mulheres que abortam de forma clandestina, além de causar a depressão em outras que não abortam por sentirem-se pressionadas pela sociedade. Dessa forma, é necessária a precaução com a questão do aborto, a fim de que a mulher tenha seus direitos e não sofra  graves consequências.         Simone de Beauvoir, escritora e filósofa, percebia o grande risco que as mulheres enfrentavam ao tentar abortar clandestinamente e defendia o direito de escolha de cada uma, durante o século XX. Hodiernamente, as moças, ainda, precisam buscar essa forma de interromper a gravidez, o que torna um risco, visto que segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada dois dias, uma mulher morre no país, vítima de aborto clandestino.         Simone também, mostra que transformar o aborto em crime é uma forma de impor à mulher um sofrimento desumano. Se ela opta pelo aborto, tem de suportar sozinha o peso de ser uma “criminosa”. Se escolhe ter um filho que não deseja, carrega a culpa e a carga afetiva negativa dessa relação por toda a vida. Proibir o aborto, portanto, é aprisionar a mulher na condição de culpada. Culpada pela lei e pela sociedade por cometer um “crime”; culpada por si mesma e pela família por não desejar um filho.         Por conseguinte, faz-se mister o cuidado com a interrupção da gravidez. Para tanto, a Mídia deve, por meio de propagandas, criar uma campanha com famosos que apoiam o aborto. Tal ação terá a função primordial de levar em conta a discussão sobre a descriminalização e legalização à prática do aborto na Câmara dos Deputados, com a mesma quantidade de deputados do sexo feminino e masculino, a fim de melhorar a situação de risco que muitas mulheres sofrem e o direito das mesmas de terem autonomia para escolher o que desejam.