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Enviada em: 19/11/2017

Quem veio primeiro, o aborto ou a falta de educação?  No Brasil, o aborto é ilegal, exceto em casos de crime sexual, anencefalia ou quando a continuidade da gestação traz riscos á saúde da mãe. Por conseguinte, muitas mulheres buscam na obscuridade uma alternativa para interromper a gravidez indesejada, Segundo o Ministério da Saúde, 9.469 abortos clandestinos foram realizados nos anos de 2010 e 2016. Baseado nesses dados , será que um pais que registra tais números está preparado para a discussão sobre a descriminalização do aborto?   Em alguns países, o aborto é legal, em outros, a legalidade do procedimento depende de determinadas variáveis, existe ainda países em que em qualquer circunstância a intervenção configura crime. A problemática envolvendo criminalização e legalização é séria e a sociedade brasileira mostra-se despreparada para discuti-la. Tendo em vista que, a melhor maneira de evitar uma gravidez é fazer uso de meios contraceptivos e não através de procedimentos cirúrgico como é o aborto, uma cirurgia invasiva para retirada do feto. Enquanto o povo não pensar dessa maneira, em vão será o debate.  Parafraseando o escritor Jean Pianjet, o principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas, diferentes das que suas gerações passadas fizeram. Partindo do pré-suposto de que o elevado número de abortos ilegais é um reflexo da prática sexual desprotegida que resulta em uma gravidez indesejada, podemos inferir que, o maior problema a ser resolvido no Brasil é a educação. Evidenciando que o país ainda tem muito o que avançar antes de tomar iniciativas em prol da legalização total  da intervenção gestacional.   Diante dos argumentos supracitados, cabe ao Governo mediante sua responsabilidade com a educação, atuar de forma preventiva, com orientações direcionadas á jovens e crianças nas escolas e instituições de ensino superior com inclusão de matérias diretamente relacionadas ao assunto. Ações como a criação de programas direcionados não somente ao público feminino, mas também, ao gênero masculino têm papel fundamental nesse processo. Assim como a publicidade nos diversos meios de comunicação é também é válida para enfim formar cidadãos responsáveis pela sua vida e com a vida dos demais.